TNH1
Uma polêmica voltou às redes sociais depois que uma publicação viral questionou se o passaporte não passava de um "cachorro-quente", reacendendo a clássica discussão sobre o sanduíche.
Se você é alagoano, provavelmente já provou o famoso passaporte, que lembra um cachorro-quente turbinado e aparece em várias versões, geralmente com maionese, queijo ralado e vinagrete.
O nome chegou em Alagoas pelo casal gaúcho Milton e Laci na década de 1970, quando eles montaram uma pequena lanchonete em um reboque na Av. da Paz, em Maceió. A origem combina uma homenagem a um amigo e uma brincadeira: seria um "passaporte para ficar", já que o casal não queria mais voltar para o Sul. A pequena lanchonete cresceu e o passaporte virou o carro chefe da sandubaria, hoje, uma das mais famosas de Maceió.
Fora de Alagoas, porém, o nome costuma soar estranho. Afinal, "passaporte" remete a documento de viagem, e quem não conhece a iguaria pode olhar e pensar que se trata apenas de um simples cachorro-quente.
Foi o que aconteceu na última quinta-feira (6), quando um internauta no X (antigo Twitter) ficou surpreso ao ver o cardápio de uma lanchonete em Maceió:
"C@ralho, em algum lugar do Brasil chamam cachorro-quente de PASSAPORTE. Que porr@ é essa?"
caralho em algum lugar do brasil chamam cachorro quente de PASSAPORTE que porra é essa https://t.co/6a2Wf5JVgR
— cocada de sal (o abestalhado) (@ococadadesal) November 6, 2025
O post viralizou, ultrapassou dois milhões de visualizações e reacendeu a velha discussão entre alagoanos e o resto do país.
"Não coloque cachorro-quente no mesmo patamar do passaporte alagoano", alertou uma internauta de AL. Outra, incomodada, disparou: "Tá na hora do Rio e de SP se juntarem e acabarem com essa palhaçada".
Houve também quem defendesse o lanche com entusiasmo: "O passaporte alagoano é uma delícia! Não é um cachorro quente, nele vai carne moída, vinagrete e queijo ralado! Sempre que vou para Maceió, eu preciso comer um."
AUTOR DO POST FICOU SURPRESO E DESTACOU COMENTÁRIOS XENOFÓBICOS
O autor da publicação original, o alagoano Henkeo Peixoto, contou ao TNH1 que tudo começou como um simples desabafo sobre o preço do lanche. "Usei o tweet só como desabafo a respeito do preço. Foi um pequeno susto ver que o valor tinha subido", disse ele.
Henkeo afirma que não esperava tamanha repercussão - e muito menos alguns comentários que recebeu.
"Recebi muitos comentários de cunho xenófobo, julgando a forma que tratamos o nosso querido passaporte. É um patrimônio cultural, e essas coisas mudam de nome conforme a região. Qual o motivo de chamarmos 'passaporte' ser um erro?"
Ele diz que ficou impressionado ao ver o assunto chegando a perfis enormes e ganhando proporções que jamais imaginou.
"O meu choque ao ver que tinha ido pra portais de milhões de seguidores e a quantidade de interações me deixou chocado. Devia ter pedido patrocínio da lanchonete! 😂"
CONFIRA A REPERCUSSÃO:
É o nosso cachorro quente, sem purê. Se vier em Maceió, precisa provar.
— Comendador Henkeo Peixoto (@henkeo) November 6, 2025
É o nosso cachorro quente, sem purê. Se vier em Maceió, precisa provar.
— Comendador Henkeo Peixoto (@henkeo) November 6, 2025
PÃO SEDA KKKKKKKKKKKKKK
— Fujarra/Marsio ✠ ᶜʳᵛᵍ (@theycallme_dark) November 6, 2025
Vcs falam do purê, mas quem coloca CARNE MOIDA no cachorro quente
— Dani (@dgebenlian) November 7, 2025
— Tom (@mto_tom) November 7, 2025
caralho, aonde que chamam de pão seda? isso é genial ! pic.twitter.com/a7FooHplj3
— squid_eed (@squid_ryan) November 7, 2025
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