Pernambuco investiga elo de casos de hidrocefalia com vírus

Publicado em 14/02/2016, às 00h32

Redação

Com 1.501 notificações de bebês com suspeita de microcefalia desde o agravamento da epidemia de zika, Pernambuco enfrenta agora uma nova preocupação. Dois casos de hidrocefalia infantil - que podem estar relacionados ao zika - estão sob a investigação de médicos pernambucanos do Hospital Oswaldo Cruz e do Instituto Materno Infantil Alice Figueira. A informação foi antecipada pelo jornal O Globo.

A síndrome se caracteriza pelo acúmulo excessivo de líquido no cérebro e pode provocar graves problemas neurológicos. A neuropediatra Vanessa Van Der Linden, que integra uma das equipes multidisciplinares que vêm acompanhando os bebês com microcefalia, informou que uma das crianças precisou passar esta semana por uma cirurgia para a colocação de um dreno na cabeça. 

A especialista explica que a situação é incomum. “Estamos iniciando uma investigação e não há qualquer intenção de criar expectativas ou preocupações. Mas não podemos deixar de buscar respostas”, destacou. 

“A hidrocefalia gera uma grande pressão intracraniana e as cabeças dos bebês sofrem uma expansão considerável porque suas caixas cranianas ainda não estão completamente consolidas. Quando isso acontece, as atividades cerebrais são afetadas”, detalhou a também neuropedriatra Ana Lira.

Apesar disso, Carlos Brito - que é membro do Comitê Técnico de Arboviroses do Ministério da Saúde e pesquisador da Fiocruz em Pernambuco - foi enfático ao apontar a hidrocefalia como uma “provável nova faceta dos problemas decorrentes da infecção pelo zika”. 

Já a Secretaria de Saúde de Pernambuco afirmou ser “precoce fazer qualquer tipo de avaliação antes de investigação completa dos dois casos”. 

LEIA TAMBÉM

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Anvisa aprova uso de Wegovy para tratar gordura no fígado com inflamação; entenda Arroz branco ou integral? Descubra qual é o melhor para sua dieta Saúde libera mosquitos estéreis para frear reprodução do Aedes Verão em Maceió: fiscalização de alimentos é reforçada; veja como denunciar