PF interroga suspeito e vai falar da investigação de obras furtadas da Biblioteca Nacional

Publicado em 01/12/2018, às 16h12
Arquivo -

Folhapress

A Polícia Federal vai dar informações sobre o caso dos furtos da Biblioteca Nacional pela primeira vez desde que a Folha de S.Paulo revelou, em março deste ano, que oito peças subtraídas em 2004, no Rio de Janeiro, estavam sendo exibidas como parte da coleção do Instituto Itaú Cultural, na avenida Paulista, em São Paulo.

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Após a reportagem, as oito gravuras do alemão Emil Bauch, datadas de 1852, foram periciadas pela Biblioteca Nacional e devolvidas pelo Itaú Cultural. Na época, diversas tentativas de entrevistar o policial federal encarregado do caso foram feitas, e negadas. Há algumas semanas, uma nova equipe da PF assumiu o caso.

Segundo o anúncio, "o delegado da PF Paulo Telles fará um relato do andamento das investigações acerca dos roubos cometidos por Laéssio Oliveira e seus cúmplices, depois que ele contou de onde roubou e para quem vendeu as obras. Além da Biblioteca Nacional, foram roubados o Itamaraty, o Arquivo Nacional, a UFRJ e o Museu Nacional, entre outros."

Na quinta passada (29), Telles conversou por sete horas com o ladrão confesso das obras, Laéssio Rodrigues de Oliveira, e fará a coletiva para a imprensa às 12h desta segunda (3), na própria Biblioteca Nacional.

Além disso, representantes da Biblioteca e do Itaú Cultural informarão o resultado da análise de mais de cem obras que estão sob a mesma suspeita. Como no caso anterior, o Itaú as cedeu para que a Biblioteca Nacional fizesse a perícia. Desde o caso de Bauch, as instituições firmaram um acordo de colaboração.

As mais de cem obras foram para o Rio em três lotes, o primeiro deles em maio, com 37 peças: duas gravuras do príncipe Adalberto da Prússia, retratando o Rio de Janeiro; seis do suíço Luís Schlappriz, sobre Pernambuco; e 29 do alemão Franz Heinrich Carls, também de Pernambuco.

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