PM flagrado furtando residência durante operação é preso

Publicado em 06/10/2025, às 17h18
- Foto: Reprodução/Redes Sociais

Bruna Fantti/FolhaPress

A Justiça Militar do Rio de Janeiro decretou a prisão do cabo Leandro Silva Pereira dos Santos, 37, após ele ser flagrado furtando pertences de uma residência durante uma operação no Complexo do Alemão, zona norte. A reportagem não localizou a defesa do militar.

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O crime, ocorrido em janeiro deste ano, foi registrado pela própria câmera corporal do policial. O vídeo foi divulgado pelo jornal O Globo.


Nas imagens, Leandro e outros sete agentes aparecem invadindo uma casa e subtraindo objetos como roupas e perfumes. Apesar disso, apenas ele foi preso até o momento. A Polícia Militar confirmou a prisão.


A operação tinha como alvo Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor, apontado como um dos principais fornecedores de armas do Comando Vermelho. Ele escapou da ação em janeiro e acabou morto em junho.


A prisão foi autorizada pela juíza Ana Paula de Pena Barros, da Auditoria Militar, a pedido da Promotoria.


Um mandado de busca e apreensão também foi cumprido na residência do policial, mas os itens furtados não foram encontrados. A Promotoria denunciou o policial por quatro crimes previstos no Código Penal Militar: furto simples, furto qualificado, peculato e violação de domicílio qualificada. A pena máxima pode chegar a 31 anos de prisão; a mínima, seis anos e meio.


Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que o cabo foi conduzido à Delegacia de Polícia Judiciária Militar, onde foram adotadas as medidas legais antes de sua transferência para a unidade prisional. A Justiça ainda não decidiu sobre a prisão dos outros envolvidos.


O Bope passou a ser obrigado a utilizar câmeras corporais nas fardas em janeiro de 2024, após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). O governador Cláudio Castro (PL) tentou à época recorrer da decisão do ministro Edson Fachin, que em 2022 determinou a implementação de câmeras em todo o efetivo policial fluminense.


O argumento da gestão Castro no processo era de que as câmeras corporais poderiam "revelar as técnicas das forças especiais, as suas táticas e os seus equipamentos para os criminosos".


Cerca de 13 mil câmeras em operação registram, de forma ininterrupta, as atividades diárias dos policiais.

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