Polícia

PM vê necessidade de entrar na Ufal, mas aponta resistência de estudantes

| 16/03/18 - 11h03
Cortesia

A possibilidade de um reforço na segurança feita pela Polícia Militar dentro do campus principal da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) já é motivo de debate, mesmo antes de ser acordada entre a corporação e a reitoria.

O comandante de Policiamento da Capital, coronel Neivaldo Amorim, disse reconhecer que a área é federal, mas que os casos de violência na universidade só evidenciam a necessidade de um trabalho militar no local.

No entanto, ele enfatiza que o apoio da PM precisa ser alinhado com toda a comunidade acadêmica. “Se a universidade quer a ajuda da Polícia Militar, precisamos deixar o assunto bem alinhado, pois há resistência de muitos estudantes para que não haja atuação da PM dentro do Campus”, disse.

Devido aos últimos casos de assaltos na Ufal, já está definido um reforço no policiamento no entorno do campus.

Abordagens

Uma estudante do sétimo período de Relações Públicas da Ufal, que preferiu não ser identificada, faz parte do grupo que não concorda com a atuação da PM dentro da universidade. Ela discorda da forma de abordagem dos policiais e diz que há preconceito institucional. "Eles abordam sem saber quem está certo ou errado. Das vezes que a PM entrou lá, só surgiram problemas e gerou um clima de tensão".  

Para o grupo de estudantes, o que pode reduzir a insegurança na Ufal é a melhoria da iluminação, o reforço na segurança do patrimônio e as rondas da PM no entorno. "O fato de a Ufal ser mal iluminada pode trazer um pouco de medo, mas é o mesmo sentimento que sinto ao sair de casa para ir a qualquer outro lugar", diz ela, que nega existir um clima de terror dentro do campus.