PMs agrediram advogada durante confusão no Rio, afirma OAB

Publicado em 04/06/2021, às 08h50
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Folhapress

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio de Janeiro afirmou em nota divulgada nesta quinta-feira (3) que a Polícia Militar agrediu e encaminhou à delegacia uma advogada que questionou uma prisão que considerou arbitrária, durante confusão no Largo do Machado, bairro da zona sul da cidade.

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A ordem afirma também que a advogada Vanessa Lima teve a carteira da OAB arrancada de suas mãos, jogada ao chão e pisoteada. A reportagem não conseguiu contatá-la.

"Após se identificar como advogada e questionar uma prisão que considerou arbitrária durante uma confusão, ressaltando estar fazendo uso de suas prerrogativas profissionais, Vanessa recebeu voz de prisão, foi agredida fisicamente e conduzida de maneira violenta à delegacia", diz a nota.

O texto também afirma que um jornalista que presenciou e registrou em vídeo os abusos foi igualmente agredido e detido de forma violenta.

"As agressões físicas, verbais e morais a uma advogada por parte de policiais demonstram não apenas o despreparo de profissionais, mas caracterizam um evidente desrespeito ao Estado democrático de Direito e à cidadania."

Em nota, a Operação Segurança Presente afirmou que os policiais militares foram desacatados e agredidos por entregadores de comida, e que três pessoas envolvidas no conflito foram levadas para a 9ª DP (Catete) para prestar esclarecimentos.

Segundo a versão dos policiais, um casal pediu ajuda alegando que foi impedido por entregadores de delivery de pegar uma bicicleta de aplicativo no Largo do Machado. A equipe, então, teria ido ao local e verificado que os entregadores estavam ao lado das bicicletas, esperando serem solicitados pelo aplicativo, sem deixar ninguém utilizar o serviço.

"Os agentes solicitaram que os entregadores se afastassem e permitissem o uso público da bicicleta. Segundo os policiais, outros entregadores foram se aglomerando e iniciou um tumulto", diz a nota.

Os dois entregadores foram autuados por lesão corporal, dano a patrimônio público e resistência. Eles responderão em liberdade.

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