Caso Crislany: polícia acredita que bebê desaparecida em Rio Largo foi devorada por animais

Publicado em 28/10/2025, às 13h01
Crislany e Celine, mãe e filha - Foto: Reprodução

Eberth Lins

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Passados oito dias da descoberta do corpo da jovem Crislany Maria Gomes da Silva, de 19 anos, que desapareceu junto com a filha bebê Celine Raíssa Caetano da Silva, familiares aguardam o achado do cadáver e, quem sabe, por milagre, o aparecimento da menina de dois meses com vida. Mas, para a Polícia Civil, o reaparecimento do corpo é quase improvável, uma vez que evidências indicam que o corpo da pequena pode ter sido devorado por animais.

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Amigo das vítimas, um jovem identificado como Jonathan confessou à polícia ter matado mãe e filha, além de indicar a localização dos corpos. A principal linha de investigação aponta que o crime foi motivado por um triângulo amoroso envolvendo a vítima, o companheiro dela e Jonathan, que está preso após indicar o local onde os corpos foram deixados. No entanto, ao chegarem ao local, os agentes encontraram apenas o cadáver de Crislany, já em avançado estado de putrefação.

O delegado Ronilson Medeiros, da Delegacia de Desaparecidos, informou nesta terça-feira (28) que a busca realizada na área foi minuciosa e contou com o apoio de cães farejadores, mas sem sucesso.

“Nós temos que trabalhar com fatos, e ele informou em depoimento que as duas estão mortas. O corpo da Crislany já estava em estado de putrefação, a cabeça tinha apenas os ossos, sem nenhuma cartilagem. O que teria acontecido com o corpo da bebê? Sabemos que um bebê tem mais cartilagem do que osso, e vimos que animais devoraram partes da cabeça e de outras áreas do corpo da Crislany. Por que esses animais não fariam o mesmo com a bebezinha?”, explicou o delegado em entrevista à TV Pajuçara.

Segundo Medeiros, “infelizmente, a investigação sinaliza que a bebezinha também está morta”. “Foi feita uma varredura com o canil, e geralmente não retornamos aos locais quando esse tipo de operação é concluído dessa forma", disse.

Sobre a possibilidade levantada pela família de que a bebê ainda esteja viva, o delegado reforçou que a polícia trabalha com evidências. “Pode ser encontrada, se aparecer algum indício. Não vamos conjecturar sem base ou provas. Em nenhum momento ele disse que vendeu, doou ou entregou a criança a alguém. Se alguém tiver qualquer prova, entre em contato com urgência com a Delegacia de Homicídios”, frisou.

Por fim, Ronilson Medeiros alertou para que a família se mantenha atenta à investigação. “Acompanhem essa investigação, é o passo mais sensato. Procurem a delegacia, saibam como está o andamento e se há possibilidade de outros envolvidos”, concluiu.

Crislany Maria Gomes da Silva e a filha Celine foram vistas pela última vez no último dia 12, em Rio Largo, cidade onde moravam.

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