Polícia apura morte de jovem em baile funk após rejeitar traficante

Publicado em 19/08/2025, às 17h30
Sther Barroso Santos, 22, morta após ir a um baile funk - foto - Reprodução / Stéphane Couto no X

Bruna Fantti / Folhapress

A Polícia Civil investiga a morte de Sther Barroso dos Santos, 22, vítima de pauladas após ser retirada de um baile funk na comunidade da Coreia, em Senador Camará, zona oeste do Rio de Janeiro, na madrugada de domingo (17).

LEIA TAMBÉM

De acordo com familiares, Sther foi espancada por traficantes do TCP (Terceiro Comando Puro) quando se recusou a manter relações sexuais com Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel, apontado como um dos chefes do tráfico da facção. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito, que é procurado pela polícia e alvos de mandados judiciais relacionados a tráfico de drogas.

Segundo relato da família, criminosos deixaram o corpo de Sther na porta de casa, na Vila Aliança, e fugiram em seguida. A jovem chegou a ser levada para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, mas já chegou sem vida, conforme informou a direção da unidade.

Nas redes sociais, sua irmã, Stéfany Couto, fez homenagens e pediu justiça. "Um cara casado, com filhas meninas! Tirou a vida da minha irmã covardemente, entregou minha irmã morta, desfigurada. Ele acabou com a vida dela no local onde estávamos refazendo a nossa vida", escreveu.

Em outra publicação, Stéfany lamentou a perda: "Minha irmã tinha sonhos, metas. Ela era só um bebê. Estávamos tão felizes conquistando nossas coisas, só faltava a liberdade do nosso irmão. Agora falta uma parte de nós. Destruiu minha família, acabou com a nossa vida."

O caso foi inicialmente registrado na 34ª DP (Bangu) e será encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital, responsável por confirmar a autoria e esclarecer as circunstâncias do crime.


QUEM É CORONEL?

Solto em 2017, após cumprir parte da pena de cinco anos por associação ao tráfico e porte ilegal de arma, Coronel passou a ostentar nas redes sociais, exibindo joias e um cordão que, segundo a polícia, se for autêntico, pode valer cerca de R$ 1 milhão.

Também nas redes, costuma aparecer fazendo gestos de referência à facção, como em um vídeo no qual surge com um mico-leão-dourado de estimação, cercado ainda por imagens de fuzis.

De acordo com investigações, testemunhas relataram que ele tem o hábito de assassinar desafetos com disparos de fuzil e depois concretar os corpos, lançando os blocos em rios.

Seu nome também aparece em um inquérito sobre a morte de um policial militar, além de apurações relacionadas ao roubo de ferros da linha férrea, que seriam repassados a milicianos da Muzema e de Rio das Pedras para a construção de prédios.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Mania fofa leva mãe ao diagnóstico de autismo da filha: 'Não fazíamos ideia' Vídeo: torcedores de Santos e Inter entram em conflito em rodovia Pai de aluna é preso após agredir diretor em escola do interior de SP Ex-jornalista da Globo é vítima de 'quebra-vidros' em SP e tem celular roubado