Polícia de MG diz que achou mais um lote de cerveja com substância tóxica

Publicado em 13/01/2020, às 14h04
Divulgação -

UOL

A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou nesta segunda (13) que encontrou mais um lote da cerveja Belorizontina, da marca Backer, contaminado com o dietilenoglicol, substância tóxica suspeita de ser a causadora de uma morte e ao menos dez internações no estado.

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Agora, são três os lotes nos quais a substância foi identificada, segundo o superintendente da Polícia Técnico-científica da Polícia Civil, Thalles Bittencourt. Cada lote tem 33 mil unidades de cerveja.

Segundo os policiais, o produto foi comercializado em Minas Gerais e Espírito Santo.

Lotes da Belorizontina em que a polícia identificou substância tóxica:

    • L1-1348 -- apontado pela polícia como contaminado desde a semana passada
    • L2-1348 -- apontado pela polícia como contaminado desde a semana passada
    • L2-1354 -- anunciado hoje como contaminado

A fabricante segue negando que a substância seja usada em sua linha de produção.

Segundo força tarefa criada por autoridades mineiras, a substância também foi detectada por exames de sangue em 5 dos 11 pacientes afetados por uma síndrome nefroneural (que compromete rins e sistema nervoso) entre o fim do ano passado e o início deste ano.

Os pacientes procuraram as unidades de saúde com problemas gastrointestinais e alterações neurológicas como paralisia facial, visão borrada, amaurose (perda da visão parcial ou totalmente) e alterações sensitivas.

A policia civil informou também que, além do dietilenoglicol, foi encontrada a substância monoetilenoglicol, que também é tóxica, no tanques de refrigeração da fábrica Backer, em Belo Horizonte.

Polícia cogita sabotagem

O dietilenoglicol costuma ser usado em sistemas de refrigeração devido a suas propriedades anticongelantes. Mas não pode ser incluído nos produtos, já que é altamente tóxico.

A fabricante, que teve a linha de produção lacrada na última sexta (10), garante que não o utiliza em nenhuma etapa do processo de fabricação de seus produtos. A Polícia Civil não descarta nenhuma possibilidade de investigação, inclusive sabotagem.

De acordo com a polícia, um supervisor da empresa registrou boletim de ocorrência por ameaço em 19 de dezembro de 2019, após um funcionário ter sido demitido.

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