Redação
O delegado Bruno Emílio, responsável pela investigação da morte do repórter cinematográfico Antônio Paulo da Silva, após ser espancado, no Conjunto Carminha, no Complexo Benedito Bentes, no final de fevereiro, informou que a polícia trabalha com duas linhas de investigação, ambas relacionadas a roubo.
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Em reunião com a direção do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) na manhã desta quinta-feira (09), o delegado informou que o inquérito deve ser concluído nos próximos dias e aponta que os criminosos teriam matado "Paulinho", como era conhecido, para roubá-lo.
São duas as linhas de investigação. Uma apura se o interesse dos autores do crime era em uma quantia em dinheiro guardada pela vítima dentro de casa, e a segunda é de que o repórter teria impedido os criminosos de roubarem objetos pessoais dele.
“Apesar de a região da ocorrência dificultar o processo de investigação, estamos com o caso bem adiantado e divulgaremos um resultado a toda a categoria e à população nos próximos dias”, afirmou o delegado.
O secretário de Segurança Pública, Paulo Lima Júnior, também participou da reunião com os jornalistas e declarou empenho no esclarecimento do crime. Para a vice-presidente da Federação dos Jornalistas (Fenaj), Valdice Gomes, o caso foi de extrema brutalidade. “Estamos vivendo uma violência como nunca antes, no entanto, não podemos nos conformar. Por isso, a Fenaj e o Sindjornal vêm acompanhar o andamento das investigações, e, confiamos que logo os culpados serão encontrados e punidos”, declarou.
Segundo informações passadas pela família à polícia, o fato teria acontecido por volta das 16h do dia 19 de fevereiro. Alguns homens teriam batido na porta da casa do cinegrafista Antônio Paulo e, quando ele atendeu, foi espancado. No ato, os indivíduos ainda teriam levado objetos pessoais e um dinheiro referente a um empréstimo, que seria para uma construção.
Paulinho foi encontrado desacordado pela vizinhança e levado ao Hospital Geral do Estado, onde foi internado como indigente, por não estar portando documentação e morreu dois dias depois. Neste período, uma de suas vizinhas encontrou a carteira dele na rua e entrou em contato com a família.
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