Polícia pede prisão de ex-presidente da Samarco e mais seis por homicídios

Publicado em 23/02/2016, às 15h48

Redação

A Polícia Civil pediu a prisão do presidente licenciado da Samarco, Ricardo Vescovi, de outros cinco executivos da mineradora e um da empresa VogBR pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana. Eles foram responsabilizados pelas 19 mortes provocadas pela enchente de rejeitos de minério no dia 5 de novembro de 2015 na região central de Minas, no maior crime ambiental do País. 

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Além de Vescovi, foram indiciados por homicídio qualificadoe poluição de água potável Kleber Terra, diretor de operações, Germano Silva Lopes, gerente geral de projetos, Wagner Milagres Alves, diretor de operações, Wanderson Silvério Silva, coordenador técnico de planejamento e monitoramento da Samarco e Daviely Rodrigues, coordenadora de operações de barragens da Samarco. Samuel Santana Paes Lourdes, engenheiro da VogBR responsável pela declaração de estabilidade da barragem do Fundão, também responderá pelos crimes. 

O delegado Rodrigo Bustamente, responsável pelo inquérito, acompanhado pela chefe da Polícia Civil Andrea Vacchiano, pediu a prisão preventiva de todos eles - ainda não há prazo para a decisão da Justiça.

A Polícia Federal já havia indiciado Vescovi e cinco executivos por crime ambiental. 

Desastre ambiental

A ruptura, que, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, foi o maior desastre ambiental da história do País, destruiu o distrito de Bento Rodrigues, deixou 725 pessoas desabrigadas, 17 mortos confirmados e dois desaparecidos. A destruição na bacia do Rio Doce atingiu um raio de 600 km de distância. 

O primeiro inquérito, instaurado pela Polícia Civil em 6 de novembro de 2015, apurou os fatos e circunstâncias que causaram o rompimento da barragem, homicídios, delitos de perigo comum e contra a saúde pública. O término das investigações ocorreu durante o período da terceira dilação de prazo concedida pela Justiça, que se encerraria em 12 de março. Este inquérito teve o resultado divulgado hoje. 

Um segundo inquérito, que apura crimes ambientais e licenciamentos da barragem do Fundão, deve ser concluído até 22 de março.

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