Folhapress
Mais dois suspeitos de envolvimento na morte de três técnicos de internet, em Salvador, foram presos.
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Homem apontado como um dos autores da execução se apresentou ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) nesta madrugada. Sua prisão foi confirmada pela Policia Civil da Bahia.
Na noite de ontem, outro suspeito também foi preso após se apresentar ao DHPP. Ele foi citado por em um vídeo que circulou nas redes sociais, no qual criminosos dizem suspeitar que os técnicos estariam instalando câmeras de vigilância a mando de grupos rivais.
A identidade dos dois presos não foi divulgada, por isso não foi possível localizar a defesa deles. O homem preso ontem teria monitorado os técnicos antes de eles serem levados do bairro de Marechal Rondon até o local do crime, apontou as investigações.
A advogada de um adolescente suspeito de participação informou que irá apresentar o jovem à unidade especializada nos próximos dias. Ela esteve na manhã de ontem, na Delegacia do Adolescente Infrator, informou a polícia.
No domingo, o traficante Jeferson Caíque Nunes dos Santos, o "Badalo", apontado como um dos autores do crime, foi morto a tiros pela polícia. O homem havia deixado o presídio em outubro, segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia. Ele havia sido preso por tráfico de drogas e roubo a banco.
Além de matar Nunes dos Santos no domingo, a polícia prendeu outro suspeito de participação no crime, mas manteve sua identidade preservada. Quando foi morto, "Badalo" estava com o celular de uma das vítimas do triplo homicídio, segundo a polícia.
As vítimas foram identificadas como Ricardo Antônio da Silva Souza, 44, Jackson Santos Macedo, 41, e Patrick Vinícius dos Santos Horta, 28. A suspeita é que os assassinatos foram uma retaliação de uma facção.
Outra hipótese investigada é que eles foram vitimados porque a empresa para a qual trabalhavam não teria pago propina para atuar no bairro. Questionada a respeito pela polícia, a Planet Internet negou que tinha sido coagida a pagar "pedágio".
O "pedágio" é uma espécie de autorização do grupo criminoso para a empresa atuar na região sob domínio. Um investigador da polícia baiana disse ao UOL que a prática começou a ser adotada recentemente na Bahia após o Comando Vermelho ganhar força no estado. No Rio, a facção já opera assim desde os anos 90.
"Os corpos, com marcas compatíveis com disparo de arma de fogo, estavam com pés e mãos amarrados e foram encontrados em via pública na noite desta terça-feira", disse a Polícia Civil, em nota.
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