Polícia procura motorista de Porsche suspeito de atropelar e matar doméstica

Publicado em 26/07/2019, às 21h22
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Uma diarista de 65 anos morreu após ser atropelada supostamente por um Porsche Panamera, no momento em que atravessava a faixa de pedestres, por volta das 6h desta sexta-feira (26), na região dos Jardins (região central da capital paulista). O condutor do carro, de 39 anos, fugiu e até a publicação desta reportagem não havia sido localizado, segundo a polícia. 

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Um morador de rua, 53 anos, testemunhou o atropelamento. Segundo ele disse à polícia, Audenilce Bernardina dos Santos atravessava a rua, com o semáforo fechado para veículos, quando o carro de luxo avançou em altíssima velocidade, atingindo a idosa. Ela foi projetada cerca de 15 metros, segundo boletim de ocorrência. 

Na sequência, o motorista desceu do carro, verificou o que havia acontecido, e fugiu com o Porsche pela Alameda Itú, sem prestar socorro. Audenilce chegou a ser encaminhada ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu durante o trajeto. Câmeras de segurança registraram o crime, corroborando a versão da testemunha de que o carro estava em altíssima velocidade e que o motorista não prestou socorro à vítima. 

O carro do acusado foi encontrado na garagem de um flat onde ele reside, na Alameda Jaú. Segundo a polícia, após o acidente o motorista deixou o veículo no local e fugiu. Foi constatado por investigadores que o Porsche está com a dianteira amassada. Policiais estavam no prédio na tarde desta sexta-feira.

A reportagem entrou em contato com 78º DP (Jardins) para obter mais informações sobre as investigações. Porém, nenhum responsável pelo caso falou com o Agora.  O caso foi registrado como homicídio doloso (com intenção) e fuga de local de acidente.
Rotina  Um dos três filhos de Audenilce, Fábio Cordeiro da Silva, 42, afirmou que a mãe fazia o trajeto, durante o qual foi atropelada, há cerca de 20 anos. "Ela trabalhava fazendo limpeza em casas nos Jardins e na Vila Olímpia [zona sul da capital paulista]". 

A diarista se aposentou há cerca de dois anos, mas não conseguia ficar parada, ainda segundo Silva. Ela ia duas vezes por semana à casa de uma cliente, para onde não chegou nesta sexta por conta do atropelamento. Silva acrescentou que, no 78º DP, foi informado que, minutos após o atropelamento, uma mulher teria feito uma ligação à polícia afirmando que havia atropelada a um morador de rua, no mesmo endereço em que a diarista foi atingida. "Isso é mentira, testemunhas reconheceram a foto do motorista, que é homem". 

Ela ainda disse que, caso o condutor do carro de luxo tivesse parado para ajudar sua mãe, ela poderia ter tido chances de sobreviver. "O mais triste é saber que o cara atropelou minha mãe e fugiu sem ajudar". 
Audenilce era viúva e deixa três filhos e quatro netos. 

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