Policiais civis deflagram greve de 24 horas nesta quarta-feira

Publicado em 18/10/2016, às 15h44

Redação

Os policiais civis vão deflagrar paralisação de 24 horas nesta quarta-feira, 19, com realização de ato público em frente à Central de Flagrantes I, no bairro do Farol, a partir das 8 horas.

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Na mobilização, distritais, regionais, especializadas centrais e delegacias da Capital e do interior vão parar por 24 horas.

A paralisação é uma resposta da categoria contra o descaso do Governo do Estado com as reivindicações dos policiais civis. Nas duas últimas reuniões de negociações, o secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Christian Teixeira, não apresentou nenhuma nova proposta à categoria.

Os policiais civis pretendem realizar três paralisações neste mês de outubro, caso o governo não avance na questão do reajuste do piso salarial. Existe a possibilidade de deflagração de greve por tempo indeterminado, que será avaliada na assembleia geral da categoria.

Mobilização

Os policiais civis estão mobilizados pela valorização. A categoria, que é nível superior, recebe o pior piso salarial da segurança pública, além de estar no 25º lugar no ranking dos pisos salariais do Brasil. A proposta dos policiais civis é de piso salarial de R$ 5.500,00 em duas parcelas (primeira para este ano e a segunda para 2017).

Na última assembleia geral, a categoria aprovou nova assembleia geral para esta sexta-feira (21), realização de campanha de valorização e deflagração da operação legal.

Assembleia geral

Os policiais civis aguardam que o governo do Estado apresente uma proposta que atenda o pleito da categoria. Uma nova assembleia geral extraordinária com indicativo de greve foi marcada para esta sexta-feira (21), a partir das 13 horas, no Sindicato dos Urbanitários.

Intermediação de negociação

O Sindpol voltará a se reunir com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, desembargador Sebastião Costa Filho, nesta quarta-feira (19), às 13h30min, na sede do tribunal.

O presidente do Tribunal havia se colocado à disposição do Sindpol para intermediar a negociação com o governador Renan Filho e o sindicato quanto ao atendimento da pauta dos policiais civis.

Atendendo ao pedido do presidente do TRE e em respeito à população, os policiais civis não deflagraram greve durante o primeiro turno das eleições municipais.

Seplag

A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), ressalta que, mesmo com a rejeição da proposta de reajuste salarial apresentada pelo Governo de Alagoas aos Policiais Civis de Alagoas, os avanços alcançados pelos policiais civis em pouco mais de um ano e oito meses de gestão Renan Filho foram significativos.

A última proposta, construída na Mesa de Negociação Permanente do Governo, entre a Seplag e o Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), foi, no entanto, rejeitada na tarde da última sexta-feira (14), durante a assembleia geral da categoria. 

Acerca da paralisação dos Policiais Civis, a Seplag ressalta que a categoria está em seu direito de paralisação, mas pontua que o canal de diálogo com os servidores continua aberto, uma vez que o histórico do Governo demonstra que Alagoas tem trabalhado no sentido de valorizar seus servidores públicos, ainda que o País e o Estado passem por um momento delicado.

Foram algumas conquistas dos policiais civis na gestão de Renan Filho:

• O Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da categoria foi igualmente construído em conjunto na Mesa de Negociação, assim como os policiais civis foram contemplados com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2015;
• A concessão das progressões e o pagamento de retroativos também foram outras conquistas cedidas aos policiais civis;
• Incrementos em subsídios, chegando a elevar em até 51% o salário de alguns servidores da categoria;
•  De janeiro de 2015 a maio de 2016, a folha da categoria teve um acréscimo de mais de 25%;
• Além da possibilidade de convocação da reserva técnica da Polícia Civil.

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