Policiais civis liberam entrada e saída de combustível no Porto

Publicado em 29/04/2016, às 14h23

Redação

Após quatro dias de ocupação na entrada do Porto de Maceió, o movimento grevista da Polícia Civil decidiu, em assembleia, realizar concessões em relação à entrada e saída de cargas consideradas essenciais para o estado. A partir das 11h desta sexta (28), transportadores de combustíveis já foram liberados para transitar normalmente no terminal portuário.

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Além disso, a categoria, em assembleia realizada nesta manhã, também baixou a proposta de piso salarial, que passou de R$ 8400 para R$ 5500. O novo piso será apresentado em reunião com o governo marcada para hoje, às 17h, com intermediação do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ).

Nessa quinta (27), o TJ convocou o governo do Estado e o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) para negociação, mas a categoria, mais uma vez, recusou as propostas apresentadas pelo Executivo e decidiu pela manutenção da greve.

Ontem, o governo emitiu uma nota de esclarecimento onde volta a destacar a realidade financeira do Estado, que não suporta um reajuste salarial no patamar pretendido pelos policiais.

"O Governo reafirma o compromisso, que vem sendo honrado, de manter aberto o diálogo civis para solucionar o impasse e encerrar a greve da categoria. Esse diálogo inclui, como ponto principal, a transparência por parte do governo, expondo, sem entraves, as contas do Estado para que as negociações sejam feitas a partir da realidade financeira de Alagoas. Os representantes da categoria sabem que a proposta apresentada pelo Sindicato dos Policiais Civis, que representa um reajuste salarial de 172,68%, é impraticável, sobretudo em uma situação de crise aguda que afeta toda a economia. O Estado não tem como suportar o impacto que esse percentual provocaria", diz o governo na nota.

De acordo com o vice-presidente do Sindpol, Edeilto Gomes, que esteve presente na reunião de ontem no TJ, as concessões do movimento grevista foram realizadas em apoio à intermediação do Judiciário, mas o governo não teria apresentado nenhuma proposta concreta.

“Sinceramente, na reunião de ontem o governo não apresentou nenhuma proposta concreta. O governo diz que pode trabalhar para negociar em agosto um piso de R$ 3600. Quer dizer, qualquer pessoa vê que isso é uma falácia. É ainda uma possibilidade de negociação”, comentou o sindicalista.

Sobre as declarações em que o governo reafirma a crise econômica e a diminuição da arrecadação do estado, Edeilton Gomes disse que “não é preciso ser nenhum cientista para verificar, no portal da transparência mesmo, que o governo tem dinheiro suficiente para pagar todos os servidores, inclusive o nosso piso salarial”.

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