Polonesa que diz ser Madeleine McCann é denunciada por 'ter imagens explícitas de crianças no telefone'

Publicado em 18/04/2023, às 18h52
Foto: Reprodução -

Extra online

A jovem Julia Wendell, de 21 anos, que dizia ser Madeleine McCann, foi denunciada à polícia americana por supostamente ter "imagens explícitas de crianças no telefone".

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Segundo o jornal britânico The Sun, a detetive particular e autodenominada médium Fia Johansson apresentou um relatório onde alega que o aparelho de Julia parecia conter imagens explícitas de crianças e evidências de que a polonesa encorajava meninas a entrarem em plataformas de sexo.

Fia levou a jovem para viver com ela em Los Angeles (Califórnia, EUA), quando Julia passou a alegar ser a menina desaparecida, por "questões de segurança".

A detetive particular disse ao jornal que entregou o telefone ao Departamento do Xerife do Condado de Orange. Ela afirmou que os policiais disseram que o aparelho seria encaminhado para as autoridades policiais da Alemanha e da Polônia, que investigariam o caso.

"A polícia está levando isso muito a sério e me garantiu que uma investigação completa será feita", disse.

Julia Wendell negou ter cometido o crime e afirmou que conversou com a polícia na Polônia sobre as acusações.

"Eu não tinha pornografia infantil no meu telefone. Não sou uma pedófila e nunca tentei encorajar nenhum adolescente a fazer nada ilegal, ruim e nojento", declarou ao The Sun.

A polonesa alega que caso alguma imagem explícita tenha sido encontrada em seu telefone, o conteúdo deve ter sido colocado por outra pessoa. Ela também argumenta que comprou o aparelho de um desconhecido.

"Apenas pense bem, se alguém for um pedófilo, acredito que essa pessoa nunca iria sozinha a uma delegacia ou nunca falaria sobre o que eu estava falando em público para o mundo inteiro, porque seria muito perigoso para esta pessoa. Não é lógico... Estou dizendo a verdade e vou limpar meu nome porque não sou um monstro", completou.

O Departamento do Xerife do Condado de Orange confirmou o recebimento do relatório e ressaltou que "a investigação deve ser concluída antes de determinar se quaisquer elementos criminais podem ser aplicados". A equipe não revelou detalhes do caso.

Entenda o caso: - Julia Wendell (também conhecida como Julia Faustyna), de 21 anos, tornou-se viral depois de afirmar nas redes sociais que ela seria a britânica que desapareceu de férias em família na Praia da Luz, Portugal, em 2007.

As "evidências" que ela apresentou a levaram a acumular seguidores no Instagram. Após bastante polêmica, Julia apagou suas contas nas redes sociais. As "provas" incluem uma marca num olho como Madeleine e o fato de não se lembrar de grande parte de sua infância.

Ela também alegou que foi abusada por um pedófilo alemão que se parecia com um ex-suspeito do desaparecimento de Madeleine e que ela ouviu sua mãe admitir que "a pegou". Mas a polícia polonesa e a família de Julia descartaram qualquer possibilidade de a polonesa ser Madeleine.

O investigador Francisco Marco, que atuou no caso do desaparecimento de Madeleine, afirmou que uma análise biométrica feita por ele detectou não haver semelhança entre as feições de Madeleine e de Julia. Em depoimento à rede de rádio espanhola RAC 1, o ex-diretor de uma agência de detetives disse acreditar que a alegação de Faustyna é uma fraude. Porém, ressalta que não possui outras provas além da biometria.

A jovem pediu desculpas aos pais da menina britânica desaparecida em 2007, em Portugal, por uma longa nota, após resultado de exame de DNA desmentir a alegação.

"Então foi minha culpa e não era minha intenção trazer tristeza ou outro sentimento negativo para ninguém, especialmente para a família de McCann. Meu principal objetivo sempre foi descobrir quem eu sou e o que exatamente aconteceu no meu passado doloroso", escreveu Julia Wendell (que também usa os sobrenomes Faustyna e Wandelt), da Polônia, que ganhou mais de um milhão de seguidores no Instagram e no TikTok no início deste ano depois de dizer que era a britânica desaparecida.

Segundo o jornal "El Mundo", da Espanha, Julia já teve contas em sites pornográficos e usava a internet para vender conteúdos eróticos. No último fim de semana, o diário publicou uma matéria em que afirma que a jovem teria apagado uma conta no Twitter que redirecionava os usuários para sites onde estavam suas fotos e vídeos.

Julia também já foi camgirl — mulher que realiza performances eróticas ao vivo por meio de webcams, segundo "El Mundo". A polonesa teria contas nos sites Manyvids, Modelhub e IwantClips. Além de um perfil verificado no Pornhub, um dos sites pornográficos mais populares no mundo.

"Tenho um passado no pornô, mas não sou atriz. O que eu fiz não muda nada", afirmou Julia, segundo o jornal.

De acordo com o "RadarOnline.com", Julia, originária de Wroclaw, está sofrendo de uma rara doença cerebral e tem planos para retornar à Polônia para tratamento.

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