Por falta de presos, Holanda fecha 24 prisões

Publicado em 14/02/2017, às 10h32

Redação

Dê um grito no interior de uma prisão holandesa, e você ouvirá um eco. O número de detentos no país caiu 27% entre 2011 e 2015, e 43% na última década.

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Segundo o relatório mais recente do World Prison Brief (WBF), de janeiro de 2014, só há 10 mil pessoas encarceradas na Holanda — dados do próprio governo falam em 12,3 mil naquele ano, e 11 mil em 2015.

São aproximadamente 57 detentos para cada 100 mil habitantes do país, em que a taxa de reincidência é apenas 10%. Por aqui, as coisas são bem diferentes. A cada 100 mil brasileiros, 300 estão na prisão: são 622 mil pessoas encarceradas.

Essa é a quarta maior população carcerária do mundo em valores absolutos, e a 34º proporcionalmente. 47% dos ex-detentos soltos voltam a cometer crimes em no máximo dois anos.

A redução do crime compensa: 19 cadeias foram fechadas entre 2013 e 2015 — outras cinco ficaram desertas no final do ano passado.

Entre as soluções para ocupar o espaço vazio estão o empréstimo de vagas para países vizinhos — a Noruega mandou mil presos para a Holanda em 2015 — e até a transformação das penitenciárias em hotéis. 2600 profissionais associados ao sistema prisional perderam o emprego desde 2013.

A década de declínio do crime nos Países Baixos vai contra a tendência mundial: entre 2000 e 2015, a população carcerária do mundo aumentou 20%, contra os 18% da população total. Apesar disso, há outros países exemplares: na Suécia, os 5,7 mil presos de 2004 se tornaram apenas 4,5 mil em 2014.

Para comparar, entre 2000 e 2015 a população carcerária do Brasil aumentou 450%.

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