Presidente da Uber se licencia do cargo por tempo indeterminado

Publicado em 13/06/2017, às 15h28

Redação

O presidente da Uber Technologies, Travis Kalanick, se licenciou do cargo, segundo reportagem do The New York Times publicada nesta segunda feira. De acordo com o texto, ele comunicou sua decisão por e-mail enviado aos funcionários da empresa. Na mensagem, ele disse que precisava de um tempo para refletir sobre a a construção de uma “equipe de liderança de classe mundial”. Ele não especificou quanto tempo ficará fora da companhia.

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Rumores de que Kalanick se afastaria da empresa circulavam desde o fim de semana. Segundo a Reuters, outro importante executivo da Uber se afastou da companhia: Emil Michael, vice-presidente sênior e próximo de Kalanick.

O afastamento de Kalanick é uma das recomendações feitas por um escritório de advocacia após investigação sobre políticas e práticas internas da companhia. O trabalho foi feito por um escritório de advogacia a pedido da própria Uber. O objetivo era analisar denúncias de abuso sexual, discriminação e outros problemas relatados em um blog por uma ex-funcionária,  em fevereiro deste ano.

Há uma semana, a companhia divulgou a seus funcionários demitiu 20 pessoas em decorrência dessas investigações. A empresa desligou na ocasião também um de seus executivos, Eric Alexander, presidente de negócios da Uber na Ásia-Pacífico.

Alexander teria obtido de forma irregular a ficha médica de uma vítima de estupro na Índia. O caso de abuso sexual veio à tona em 2014 e causou indignação no país, que chegou a suspender o serviço. O executivo iniciou uma investigação própria por acreditar que se tratava de uma mentira criada por um concorrente.

Outro lado

Procurada por VEJA, a Uber disse que as mudanças indicadas pelo escritório de advocacia foram aprovadas pelo conselho de administração da empresa no último domingo. “A implementação dessas recomendações vai melhorar nossa cultura, além de promover igualdade e responsabilidade entre todos, e também estabelecer processos e sistemas para garantir que os erros do passado não sejam repetidos”, diz a companhia em nota.

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