Presídios em Alagoas não registram casos de tortura, diz relatório da CNBB

Publicado em 24/01/2023, às 16h30
Seris -

Ascom/Seris

“Vozes e dados da tortura em tempos de encarceramento em massa”. Esse é o título do relatório produzido pela da Pastoral Carcerária e disponibilizado na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O documento analisa dados de 1º de janeiro de 2021 a 31 de julho de 2022 e mostra um panorama dos sistemas penitenciários em todo o Brasil.

LEIA TAMBÉM

Para confecção do relatório foram analisados 223 casos de tortura, envolvendo mais de 360 denúncias em todo o Brasil. O número de casos é menor do que o número de denúncias visto que um único caso pode resultar em mais de uma denúncia, pois envolve mais de um torturado. Isso aponta um crescimento de 37,6% dos casos de denúncias de tortura só no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Alagoas, Acre e Rio Grande do Norte foram os únicos estados que não tiveram denúncias, como aponta o documento. A maioria dos casos denunciados foi registrada em São Paulo, com 71 casos, o que representa 31,83% do total.

O trabalho desenvolvido pelos policiais penais em Alagoas é refletido no relatório. “Temos um trabalho voltado para manter a ordem e disciplina nas unidades, garantindo, assim, a segurança para toda população. Esse trabalho é feito dentro da legalidade, respeitando o que determina a lei e a integridade física e psicológica dos custodiados”, afirmou o policial penal Milton Pereira, secretário Executivo de Gestão Penitenciária.

Quanto ao conteúdo das denúncias, 52,02% dos casos são de agressão física, como socos, tapas, chutes, tiros, pauladas, dentre outras e 18,38% dos casos foram de agressão verbal. Outras denúncias recebidas dizem respeito à privação de alimentação e de água, bem como a ausência de atendimento médico.

“Alagoas é referência nacional na gestão penitenciária e esse resultado é fruto de um trabalho de ordem e disciplina dentro das unidades, o trabalho contínuo com empenho e dedicação realizado pelos policiais penais. Para fazer isso utilizamos os meios legais, sem exceder no trato com os reeducandos, salvaguardando a integridade dos custodiados e dos policiais penais”, completou o gestor Executivo de Gestão Penitenciária.

Para análises dos casos, os documentos foram encaminhados para a Defensoria Pública, para o Ministério Público e para o Judiciário, bem como para Mecanismos Estaduais de Prevenção e Combate à Tortura, Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, Conselho da Comunidade da comarca, comissões da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Secretarias Estaduais, Ouvidorias do Poder Executivo, órgãos e membros do Poder Legislativo Estadual.

Acesse o relatório completo: https://drive.google.com/file/d/1AkyuPO6Sfit8XpTWWqOUrc_Bp7aFY7av/view

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

TV Pajuçara promove leilão solidário de guitarra autografada pelo Biquini Cavadão Prêmio Master Ademi celebra os destaques do mercado imobiliário alagoano Festa Para Sempre Marista celebra 120 anos de história e reencontros no Colégio Marista Maceió Morre a pesquisadora e ambientalista Anita Studer