Razões para Acreditar
Usando réplicas em 3D de monumentos e obras famosas, o professor de artes visuais Santiago Lemos permitiu que os alunos cegos do Centro de Reabilitação e Apoio ao Deficiente Visual (Cebrav), em Goiânia (GO), pudessem conhecer e tocar as peças, até então limitadas à imaginação dos alunos.
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Dentre os monumentos estão a Estátua do Bandeirante, que fica na Praça Cívica da capital goiana, as máscaras das cavalhadas de Pirenópolis e até a obra Abaporu, de Tarsila do Amaral, mundialmente conhecida.
Os estudantes do Cebrav contam que se sentiam incomodados com as aulas de arte, pois não podiam identificar as obras citadas, sempre teoricamente, pelos professores em sala de aula.
“Os professores não nos davam atenção, não tinha acessibilidade nas aulas. Se não fosse por esses materiais, eu não saberia como eram as obras”, relata o estudante Eduardo Silva.
Santiago teve a ideia de modelar as imagens no computador, cuja impressão leva até 50 horas para ficar pronta.
“Não tem muita coisa disponibilizada na internet, gastamos muito tempo tentando buscar possibilidades. Quando eu vejo a alegria dos alunos, vejo que o esforço valeu a pena“, afirma.
De acordo com a coordenadora do Cebrav, Marisa Teixeira, com a nova tecnologia, os alunos poderão ter mais oportunidades de conhecer as obras.
“Os nossos alunos com deficiência visual agora vão ter acesso aos monumentos, aos prédios, é uma ferramenta revolucionária”, ressalta.
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