Professora suspeita de agredir crianças é denunciada por tortura em Buri

Publicado em 17/11/2017, às 21h37

Redação

A Promotoria de Justiça de Buri, no interior de São Paulo, denunciou pelo crime de tortura uma professora acusada de maus-tratos contra alunos de 3 anos de idade da Escola Municipal de Educação Infantil Dona Zoraide Francisco Bonifácio. A denúncia foi encaminhada ao Fórum nesta sexta-feira, 17, e ainda aguarda manifestação do juiz. O promotor de Justiça Cláudio Sérgio Alves Teixeira pediu também a prisão preventiva da professora Magda Aparecida Pereira, acusada dos crimes.

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De acordo com a investigação, durante uma das aulas, Magda ficou descontente com o comportamento de dois meninos, segurou-os pelos braços, "os dominou com uso de suas pernas, mantendo-os imóveis sob si, enquanto permaneceu sentada numa cadeira". Em dado momento, segundo o relato, a professora segura a cabeça das duas crianças e bate uma contra a outra. "Mesmo após a agressão, as crianças continuam presas sob as pernas da denunciada por mais alguns minutos", afirma, na denúncia.

Ainda conforme o promotor, após um período de tempo, a professora segurou um dos alunos pelo braço e o arrastou até um canto da sala, mantendo-o imóvel sob suas pernas. "Durante o tempo em que as crianças estão presas sob suas pernas, a denunciada, para se distrair, em alguns momentos faz uso do aparelho celular", afirma.

A ação foi gravada por câmeras instaladas na sala de aula. A denúncia lembra que, anteriormente, a professora já tinha dado um tapa na boca de uma criança autista e deixado outra aluna presa sozinha dentro da sala de aula.

Para a promotoria, a professora deve responder por crimes de tortura e a condenação deve incluir a perda de função pública, além do pagamento de reparação por danos morais. As agressões teriam acontecido em outubro.

Ao tomar conhecimento das imagens, a direção da escola afastou a professora e entrou em contato com a Polícia Civil. Procurada, a professora não deu retorno. Familiares informaram que ela está em tratamento médico. A reportagem não conseguiu contato com o advogado da docente.

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