Quadrilha exigia dinheiro para não divulgar vídeo íntimo de casal

Publicado em 26/10/2017, às 09h21

Redação

Três homens e uma mulher foram presos em flagrante na noite dessa quarta-feira, 25, em Aracaju, acusados de exigir R$ 6 mil para não divulgar supostos vídeos íntimos de um casal.

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As prisões ocorreram no bairro Coroa do Meio, na capital sergipana. De acordo com informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública, o casal acionou os policiais depois de receber as ameaças. O grupo dizia que iria divulgar vídeos do casal que estariam gravados na memória de aparelhos de telefone celular furtados.

Depois da denúncia, os policiais iniciaram as investigações e começaram a acompanhar a rotina dos suspeitos. As vítimas combinaram um encontro com o grupo para transferir o dinheiro. No local combinado com uma das vítimas, os quatro suspeitos chegaram em dois veículos: uma motocicleta e um carro de passeio. No momento em que um deles abordou a vítima, os policiais fizeram o cerco e deram voz de prisão ao grupo.

Com a mulher, os policiais encontraram o celular utilizado para entrar em contato com a vítima. No aparelho, estava gravado o conteúdo de mensagens ameaçadoras e dos diálogos realizados entre os membros da associação criminosa através de redes sociais.

O golpe

Nesta ação, os acusados foram identificados como Allan Fabrício de Souza Bispo, 30, Marcelo Gonçalves de Jesus, 27, Davyd Renan de Macedo Monteiro, 27, e Gessica Alves de Oliveira, 26. A participação de Allan Fabrício, segundo a polícia, consistiu em conduzir a motocicleta. Ele passava-se por motoboy e é apontado por fazer abordagens à vítima, pegar o dinheiro e entregar o montante aos demais membros do grupo.

Já Marcelo é apontado como responsável por verificar a movimentação no local marcado e informar aos demais membros do grupo o momento em que a vítima se aproximava e se havia também alguma equipe da polícia nas proximidades.

A SSP chegou a conclusão de que participação de Davyd consistiu em conduzir o carro, identificando-se como motorista prestador de serviços para o aplicativo Uber, para transportar os demais membros do grupo, mediante promessa de receber R$ 200 pelo serviço. O comando do grupo seria de responsabilidade de Gessica, segundo a SSP. Ela teria criado um perfil falso em uma rede social, mantinha contato com a vítima e fazia as exigências.

As investigações continuam para apurar possível participação de outras pessoas nesta articulação e identificar como os suspeitos tiveram acesso aos vídeos gravados na memória dos celulares das vítimas.

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