Raquel Dodge diz que combate à corrupção seguirá prioridade do MP

Publicado em 12/07/2017, às 14h24

Redação

Indicada para ser a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge defendeu na Comissão de Constituição e Justiça do Senado as delações premiadas e afirmou que o combate à corrupção e às organizações criminosas continuarão sendo prioridade do Ministério Público.

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“O enfrentamento da corrupção continuará a ser prioridade do Ministério Público Federal”, disse a procuradora em sua fala inicial na sessão da Comissão de Constituição e Justiça onde está sendo sabatinada nesta quarta-feira.

Ao responder às primeiras perguntas sobre delação, a procuradora afirmou que o instrumento é essencial na investigação de organizações criminosas, mas que devem ser seguidos os limites determinados em lei.

Entre eles, os que determinam o sigilo até o final das investigações e que os acordos não podem beneficiar líderes de organizações criminosas.

A ressalva pode ser interpretada como uma crítica velada ao atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que tem pedido o levantamento do sigilo das delações antes das investigações dos casos gerados pelos delatores serem encerradas.

Raquel Dodge lembrou que o instrumento não é novo e que a novidade é a regulamentação feita sobre a delação.

“A novidade desse novo instituto é a extensão que o Congresso o regulamentou, estabelecendo condições para seu bom emprego. Por exemplo, o sigilo até que a linha de investigação seja concluída e o não beneficiar líderes de organização criminosa. É nesse limite que devemos usar”, disse a procuradora.

Raquel Dodge, segunda colocada na lista tríplice votada pelo Ministério Público, foi a indicada pelo presidente Michel Temer para assumir o cargo de Janot a partir de setembro.

A nova PGR destacou ainda que seu plano de trabalho vai manter o foco no combate à corrupção.

“A Operação Lava Jato e todas as outros a ela associadas mostraram que com a legislação que temos é possível ter resultados e de forma célere. É preciso manter essa atuação e essa pauta de trabalho até que isso seja substituído por uma gestão honesta dos recursos públicos”, disse.

A procuradora disse ainda que, se for necessário, poderá aumentar os recursos humanos dedicados às operações.

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