Redução de estômago ajuda a melhorar a qualidade de vida

Publicado em 02/09/2018, às 22h33
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Folhapress

A obesidade mórbida é um problema de saúde que tem aumentado no Brasil, assim como os riscos à vida de pacientes com esse diagnóstico. A cirurgia para reduzir o estômago, e consequentemente, perder peso, é gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde) caso o problema seja diagnosticado.

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Essa não é uma operação estética, segundo médicos, mas sim para sanar danos que podem se agravar e, até mesmo, levar à morte. Um dos reflexos do aumento da obesidade no Brasil é a busca cada vez maior por esse tratamento.

Disparou o número de cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS. Em 2008 foram 3.195 procedimentos. Já em 2017, 10.064, alta de 215%, diz a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

O médico cirurgião João Caetano Marchesini, presidente da instituição, afirma que a perda de peso com a cirurgia evita doenças graves, como câncer hormonal (como ovário), diabetes, hipertensão, enfarte e apneia do sono. Ele diz que pacientes com obesidade mórbida têm 40 vezes mais chances de desenvolver uma doença grave e morrer. "A operação não é o fim da linha, mas sim o começo de uma nova vida", diz.

O especialista alerta que o paciente pode perder até 40% do peso corporal, mas deve adotar estilo de vida saudável, com exercícios e alimentação adequada. Segundo Luiz Vicente Berti, cirurgião bariátrico do Hospital São Luiz Itaim, a operação corrige uma enfermidade crônica. "É uma doença da alma, devido aos preconceitos. Esse mal causa problemas, como gordura no fígado, que pode causar câncer", diz. "Poderá matar mais que a cirrose, mas é tratável." Segundo Berti, atualmente há 8 milhões de obesos mórbidos no Brasil, grande parte de classes desfavorecidas.

Universidades terão R$ 10 milhões para prevenir

O Ministério da Saúde vai dispor de até R$ 10 milhões a 27 universidades para desenvolver projetos com ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade no SUS (Sistema Único de Saúde). A verba deverá ser usada para o desenvolvimento de pesquisa e o objetivo é qualificar a assistência e o cuidado à prevenção e controle da obesidade, que já afeta 18,9% da população adulta nas capitais brasileiras.

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