Relator acusa família na CPMI do INSS: “Retrato da imoralidade”

Publicado em 21/10/2025, às 06h45

Flávio Gomes de Barros

"Se isso aqui não apontar para uma estrutura organizada que contou de forma criminosa com descontos de aposentados e pensionistas, eu não sei mais aonde a gente vai parar”.

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Foi dessa forma que o relator da CPMI do INSS, deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil/AL) ,reagiu durante o depoimento de Tônia Galletti, nesta segunda-feira, 20, apontando movimentação superior a R$ 20 milhões em benefício de um só grupo familiar ligado ao Sindnapi.

“Eu acho que isso vai contra todos os princípios morais. Mas estamos aqui discutindo além de princípios morais, crimes. E o Sindnapi não difere em absolutamente nada de outras entidades associativas que meteram a mão de forma criminosa no dinheiro de aposentados e pensionistas”, desabafou Gaspar

Pelo que explicou o parlamentar, o pai da depoente é um dos fundadores do Sindnapi e Tonia Galleti atua como advogada e coordenadora jurídica da entidade, juntamente com o marido, e se associaram a empresas de crédito consignado como CMG (BMG) corretora e Generali.

“Eu estou vendo, no Sindnapi, o núcleo familiar que, em que pese a depoente não achar nada demais, recebeu mais de 20 milhões de reais. Eles ainda processavam as fichas no escritório que faz o contrato com consignado, diga-se de passagem, casado com a obrigatoriedade, segundo investigações da CGU e da PF, de se associar", argumentou o relator da CPMI.


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