Flávio Gomes de Barros
Enquanto JHC (PL) se mantém em silêncio total a respeito do chamado "Acordo de Brasília", o senador Renan Calheiros (MDB) entra no circuito para confundir ainda mais o cenário eleitoral de 2026, ao declarar que prefere o prefeito de Maceió como parceiro na sua candidatura ao Senado no próximo ano.
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Foi o que disse em entrevista à CBN, uma das emissoras de rádio de sua propriedade.
Disse mais o senador que desconhecia qualquer acordo feito em Brasília para JHC desistir de ser candidato a governador para concluir o mandato na Prefeitura, apoiar o nome de Renan Filho (MDB) e se engajar à campanha de reeleição do presidente Lula (PT), como gratidão à nomeação de Marluce Caldas, sua tia, para o cargo de ministra do Superior Tribunal de Justiça - o "acordão" é um fato incontestável, diante de tantas evidências.
Por sua vez, o prefeito tem revelado, através de algumas pessoas ligadas a ele, que pode concorrer ao governo e, assim, romper o que teria sido acertado com Lula e os Calheiros, o que embaralha ainda mais o quadro.
Enquanto exaltava JHC na rádio, Renan descartava qualquer possiblidade de aproximação com o deputado federal Arthur Lira (PP), com quem tem litígio na justiça e que tem intensificado sua pré-campanha para concorrer a uma das duas vagas a serem disputadas para o Senado na próxima eleição.
Tudo o que Renan Calheiros não quer, em 2026, é ter dois concorrentes fortes ao Senado, ainda mais se um deles for um adversário político declarado, como é o caso de Arthur Lira, poismsuas chances de reeleição diminuiriam consideravelmente.
Prevalece, por enquanto, uma situação que tem sido reiterada desde quando foi divulgado o tal "Acordo de Brasília": tudo só vai ser esclarecido quando JHC der um depoimento público explicando qual é, de fato, a sua posição nessa questão.
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