Pedro Acioli*
Dificuldades para a renúncia, "chateação" com o Conselho Deliberativo, críticas ao ex-executivo de futebol e bastidores da queda de divisão. Todos estes temas foram comentados pelo vice-presidente do CSA, Robson Rodas, em entrevista ao Pajuçara Futebol Clube (PFC), da Pajuçara FM, na noite dessa quarta-feira (10).
LEIA TAMBÉM
O dirigente confirmou o desejo de renunciar ao cargo após ser afastado pelo Conselho e a ex-presidente Mirian Monte renunciar à presidência. No entanto, um ano depois de ser eleito vice-presidente do clube, Rodas descobriu que o ofício não foi documentado em cartório, o que impede, neste momento, a renúncia legal da gestão.
“Na segunda-feira passada nós fomos ao cartório buscar uma certidão do termo de posse, e não constava em setembro o registro em ata daquela assembleia me homologando como vice-presidente. Eu fui buscar a certidão para validar todos os atos que tinha exercido na [categoria de] base e em todo CSA. [...] Se eu não fosse buscar em cartório, todos os atos seriam nulos. Tinham atos de outubro, mas não tinha a nossa homologação”, explicou.
Agora, a expectativa do dirigente é de o cartório documentar, em sistema retroativo, a legalidade dele no cargo, para que consiga assinar a renúncia.
Críticas ao ex-executivo de futebol
O ex-executivo de futebol da equipe maruja, Jadson Oliveira, foi alvo de críticas por parte do vice-presidente. Rodas revelou que sempre foi a favor da saída dele do departamento de futebol, além de uma mudança que afetasse todo o elenco, como foi feita em 2024, quando o CSA dispensou cerca de 10 jogadores no meio do campeonato.
“O Jadson Oliveira não era para ter ficado até onde ficou. Era para ter ido embora desde março ou abril. Tanto é que ele causou um problema com o Luciano Lessa, que saiu de forma abrupta, chateado com o retorno do Higo. Tudo isso foi trabalho do Jadson Oliveira, tanto é que depois do jogo contra o Brusque ele não foi mais ao CT”.
‘Chateação’ com o Conselho
O dirigente também se mostrou indignado com a decisão do Conselho Deliberativo de afastá-lo do cargo após o rebaixamento do time para a Série D. Segundo ele, apesar de respeitar a decisão soberana, o afastamento, junto com a presidente Mirian Monte e os diretores executivos, não deveria ter acontecido.
“Eu fui tratado da mesma forma que foi tratado toda diretoria. Eu ainda estou na vice-presidência por querer regularizar no cartório. [...] Eu senti que não sou parte integrante dos interesses do conselho para essa continuidade. Esse é o meu sentimento”.
Ainda de acordo com Rodas, ele teria sido afastado por ter pedido uma conversa com o grupo de jogadores e comissão técnica, antes do jogo contra a Ponte Preta, pela penúltima rodada da Série C. Na época, o dirigente foi anunciado como superintendente de futebol.
“Fui jogador, fui treinador, fui técnico de equipes juvenis. Poderia reforçar com uma conversa com o professor Higo Magalhães e com o plantel. Eu não fui chamado por ninguém, por Mirian, por nenhum diretor. [...] Tive reuniões com jogadores sexta e sábado, participei de treinos. Fiquei no hotel com os jogadores e fui para o estádio. Infelizmente, o time não rendeu e ficou que nem uma enceradeira”, explicou.
“Por essa ajuda que dei ao CSA, fui tratado dessa forma deselegante. Achavam que eu estava trabalhando em prol de pedidos de “A” e de “B”. Fui de forma espontânea, sou azulino e fui para salvar o CSA”, complementou.
Durante a entrevista, Rodas ainda comentou sobre o futuro do clube e pediu união aos conselheiros. Confira a entrevista completa:
*Estagiário sob supervisão
LEIA MAIS