Redação
Assistindo às matérias do CQC a impressão clara que fica é que os repórteres do programa forçam bastante a barra para, quem sabe, levarem um soco, uma cabeçada ou coisa do tipo.
Vendo as matérias dos rapazes, é nítido que eles levam a entrevista até as últimas consequências para que o pior aconteça. Parece até ser uma determinação interna, já que em todos os programas e em todas as reportagens a mesma coisa acontece. E a gente sabe que um quebra-quebra, especialmente envolvendo um repórter, dá audiência, chama a atenção, o caso vai parar na polícia e por aí vai.
Há um mês, Lucas Salles levou uma cabeçada e um soco de uma pessoa e tudo foi filmado. A cena é lamentável sob todos os aspectos, mas há que se notar que Lucas forçou a situação até onde pode. E isso acontece sempre porque os repórteres do programa não estão lá apenas para entrevistar. Eles querem aparecer como justiceiros do jornalismo, heróis que têm de impor a sua verdade da história. Eles já chegam com um ponto de vista determinado e assim vão até o fim, até que sua tese seja provada. Fora o fato de que querem dar lição de moral quando acreditam que determinada pessoa está fazendo algo que julgam errado.
Assim, os repórteres do programa parecem com aquele personagem dos quadrinhos, o Juiz Dredd. Eles julgam e eles mesmos executam suas "vítimas". E se isso acontecer com uma cabeçada aqui, um soco acolá, melhor ainda porque sobe a audiência.
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