República Democrática do Congo enfrenta nova epidemia de ebola

Publicado em 08/05/2018, às 19h24

Redação

A República Democrática do Congo enfrenta uma nova epidemia de ebola, que já matou 17 pessoas na província de Equateur (noroeste), informou nesta terça-feira (8) o Ministério da Saúde local.

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Um comunicado do ministério indicou que em 3 de maio foram notificados 21 casos de febre com sinais hemorrágicos e 17 mortes, o que representa uma taxa de natalidade de 80%.

"Nosso país está enfrentando outra epidemia de ebola, o que constitui uma emergência de saúde pública internacional", afirmou a nota.

"Ainda dispomos de recursos humanos bem treinados que puderam controlar rapidamente as epidemias anteriores", acrescentou. "Desde as notificações do dia 3 de maio, nenhuma morte foi reportada entre os casos hospitalizados ou entre os profissionais de saúde."

A epidemia na RDC é o nono surto de ebola desde a descoberta deste vírus em seu solo, em 1976.
Uma equipe do Ministério da Saúde, apoiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e por Médicos Sem Fronteiras, visitou a cidade de Bikoro, epicentro da epidemia.

"Nossa maior prioridade é ir a Bikoro para trabalhar com o governo da República Democrática do Congo e parceiros para reduzir a perda de vidas e sofrimento associados a este novo surto de ebola", indicou Peter Salama, diretor-geral adjunto da OMS em um comunicado. "Trabalhar com parceiros e responder cedo e de maneira coordenada será vital para conter essa doença mortal."

A doença foi detectada em uma área de floresta equatorial, na fronteira com o Congo-Brazzaville, e localizada a cerca de 600 km a noroeste de Kinshasa.

"Cinco amostras de casos suspeitos foram enviadas para análise no Instituto Nacional de Pesquisas Biológicas (INRB) de Kinshasa em 6 de maio. Dois deram positivos", afirmou o ministério em seu comunicado.

A última epidemia de ebola na RDC remonta a 2017. Rapidamente controlada, matou oficialmente quatro pessoas.

Uma terrível epidemia atingiu a África Ocidental entre o final de 2013 e 2016, causando mais de 11.300 mortes em cerca de 29.000 casos, mais de 99% na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa.

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