Rio tem 11 casos de microcefalia em 2015 e investiga ligação com zika vírus

Publicado em 27/11/2015, às 19h31
-

Redação


Onze casos de microcefalia foram registrados neste ano no Estado do Rio de Janeiro, segundo a Secretaria de Saúde. Todos os casos estão sendo investigados, mas ainda não há nenhuma comprovação da relação deles com o zika vírus.


Por enquanto, o número de casos não indica aumento da incidência de microcefalia. Houve 10 casos em 2014, 19 em 2013, 8 em 2012, 15 em 2011, 10 em 2010, 15 em 2009, 11 em 2008, o mesmo número em 2007 e 17 em 2006.


A notificação de casos de microcefalia nunca foi obrigatória, mas, desde que o número de registros aumentou, levando o Ministério da Saúde a admitir um surto no Nordeste, houve a intensificação do acompanhamento. O ministério suspeita que o crescimento dos casos de microcefalia tenha relação com a incidência de zika vírus entre grávidas.


No último dia 18, a Secretaria de Saúde do Estado do Rio determinou a notificação obrigatória de casos de mulheres grávidas que procurem atendimento médico e tenham manchas vermelhas na pele. Com isso, a pasta pretende analisar os possíveis casos de zika vírus e a eventual relação entre a doença e o nascimento de bebês com microcefalia.


A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio menor que o normal. Na maioria dos casos é consequência de alguma infecção adquirida pela mãe durante a gravidez, como toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus, além de abuso de álcool ou drogas, ou em síndromes genéticas como a de Down. 


Em 90% dos casos, a microcefalia está associada a um atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor. Não há como reverter a microcefalia, mas é possível melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida do paciente.


O zika vírus é uma doença transmitida pelo Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, e causa febre, manchas pelo corpo, coceira, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações. É combatida com hidratação e remédios para os sintomas. Geralmente o paciente se cura em cinco dias. Por ser uma doença nova, ainda não há comprovação de alguma relação entre o vírus em gestantes e o nascimento de crianças com microcefalia - essa hipótese é analisada pelo Ministério da Saúde. Por precaução, mulheres grávidas devem usar repelentes e evitar exposição em locais e períodos de maior atividade do Aedes aegypti.


Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Protótipo de carro voador produzido no Brasil faz primeiro voo Polícia prende segundo homem envolvido no roubo de obras de arte em SP Polícia Federal mira deputados em operação que apura desvio de cotas parlamentares Conteúdo pornográfico é exibido em TV de recepção de hospital