Rodoviários de Maceió decidem neste sábado se farão greve geral

Publicado em 01/04/2021, às 14h42
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Ascom Sinttro

Os rodoviários de Maceió estarão reunidos neste sábado (3), na sede do sindicato da categoria, para decidir pela realização ou não de uma greve geral. O indicativo é mais tendencioso à confirmação de greve, uma vez que, após várias audiências realizadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), com a participação dos empresários e de representantes da Prefeitura de Maceió, trabalhadores e empresários não chegaram a um consenso com relação à manutenção de dois benefícios importantes para a classe: o plano de saúde e o ticket alimentação.

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Desde o começo do ano, quando o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro/AL) começou as tratativas com o sindicato patronal quanto à negociação da data base atual, os empresários manifestaram sua posição de não mais arcar com os dois benefícios que já haviam sido conquistados há alguns anos. A alegação deles é a queda no número de passageiros, ocasionada pela pandemia, além da redução do valor da tarifa de ônibus autorizada pelo prefeito João Henrique Caldas.

Diante da imposição do patronato, os trabalhadores vinham desde fevereiro já insatisfeitos pelo atraso de dois meses do pagamento dos benefícios, em vias de realizar a paralisação, quando passaram a contar com a mediação do MPT na tentativa de resolução da questão. A gota d’água que culminou com a marcação da assembleia extraordinária deste sábado, foi a última audiência, ocorrida no dia 30 de março, onde, mesmo com o anúncio da Prefeitura de que subsidiará em R$ 1 milhão e meio o transporte público e isentará as empresas do pagamento do ISS (Imposto sobre serviços), o que resultaria em mais R$ 1 milhão de economia para o setor, elas se negaram a dar continuidade aos benefícios nos moldes em que vinham sendo pagos. 

Segundo Sandro Reges, presidente do Sinttro/AL, em panfletagem realizada na manhã de hoje, nas garagens, para convocar a categoria para a assembleia, a grande maioria dos trabalhadores já sinalizou pela realização de greve por tempo indeterminado. “Não temos mais opção a não ser lutar por nossos direitos, e a única alternativa viável diante da falta de humanidade dos empresários, que estão tirando o pão da nossa mesa e o nosso plano de saúde em plena pandemia, é paralisar geral. Esse é o discurso unânime da nossa categoria que será, provavelmente, ratificado na assembleia de sábado”, declarou Reges.

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