Rodrigo Cunha fica no muro: “Vou trabalhar com Bolsonaro ou com Lula”

Publicado em 11/10/2022, às 01h05

Redação

Candidato a governador, o senador Rodrigo Cunha (União Brasil), da coligação “Alagoas Merece Mais”, anunciou uma entrevista coletiva para esta 3ª feira, 11 de outubro, às 9 horas, no Hotel Ritz Lagoa da Anta.

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Contudo, no início da madrugada o senador cancelou a coletiva e emitiu a seguinte nota:

“Reafirmo minha posição em defesa de Alagoas, minha disposição para dialogar com todas as duas frentes que disputam a presidência pregando o que de fato interessa que é o apoio do governo federal para as demandas de Alagoas. O governador tampão, fantoche dos Calheiros e do deputado Marcelo Vitor, parece se orgulhar em fechar a porta do estado para o governo federal, mas na verdade o resultado desta picuinha política é a fome, o desemprego, o analfabetismo e diversos outros males. Vou trabalhar com Bolsonaro, ou com Lula, sempre em prol do estado e de nossa gente.

As pessoas estão divididas por toda parte. Tem gente que vota em Lula, mas não quer votar no Paulo Dantas porque sabe que é a mesma coisa que votar nos Calheiros e na banda podre da Assembleia. Como tem gente que vota em Bolsonaro, mas não quer votar em Paulo Dantas, porque sabe que se ele for eleito, ele não vai fazer parcerias com o governo federal como hoje em dia, prejudicando todo nosso estado. O governador de Alagoas não pode se dar ao luxo de escolher o presidente do Brasil. Eu já tenho um lado: meu lado é Alagoas. Eu quero ser governador para resolver os problemas de nosso estado, como a fome, o desemprego, a violência, a corrupção e os piores indicadores sociais do país. Quero ser governador para enfrentar cada uma dessas mazelas, com trabalho, humildade e parceria com o governo federal. Sem picuinha, independente de quem venha a ser eleito presidente. E o meu principal aliado é você”.

A justificativa da assessoria do senador: “Em todo o país, 12 estados estão vivenciando disputas de segundo turno para seus governos estaduais. E em cerca de 50% deles, candidatos adotaram a mesma posição de Rodrigo Cunha, não contaminando a disputa local com a corrida presidencial, pregando trabalho e desarticulando rivalidades que alimentam a política improdutiva e causam prejuízo à população.”

Com a divulgação da nota fica cancelado o pronunciamento presencial.

O senador Rodrigo Cunha criou uma expectativa enorme sobre o que poderia anunciar na entrevista coletiva para, numa simples nota, dizer que vai permanecer onde sempre esteve: em cima do muro, sem definir um candidato a Presidente da República.

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