Roger Agnelli, ex-presidente da Vale e outros seis morrem em queda de avião

Publicado em 19/03/2016, às 20h37

Redação

O ex-presidente da Vale Roger Agnelli, sua mulher Andrea e os filhos João e Anna Carolina morreram na queda de um avião na tarde deste sábado, 19, no Jardim São Bento, zona norte de São Paulo. Outras três pessoas ainda não identificadas também morreram. Na queda, o avião caiu sobre uma residência, deixando um morador ferido.

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O acidente ocorreu logo após a decolagem, ainda nas proximidades do Aeroporto do Campo de Marte - antes, o monomotor estava estacionado no hangar da Infraero. O voo tinha como destino o Aeroporto Santos Dumont, no Rio. O avião, de prefixo PRZRA, está registrado em nome do ex-presidente da Vale, Roger Agnelli.

De acordo com pessoas próximas a Agnelli ouvidas pelo Estado, ele e a família viajavam  na aeronave para o Rio de Janeiro, para a festa de casamento de um sobrinho do executivo. Além dele e da mulher Andrea, estavam no voo seus dois filhos, João e Anna Carolina, a nora e o genro.

De acordo com o major do Corpo de Bombeiros, Henguel Ricardo Pereira, no início da noite os corpos já haviam sido encaminhados ao Instituto Médico Legal. Ele afirmou que apesar de os corpos estarem carbonizados, havia sido possível identificar duas das vítimas por meio de documentos encontrados em meio aos destroços. Todos os corpos estavam próximos da fuselagem da aeronave, ou embaixo, no buraco em que o avião fez na garagem da casa atingida.

O avião, um monomotor com fuselagem de fibra de carbono em nome Roger Angelli, ex-presidente da Vale do Rio Doce, era do tipo experimental. Nesses casos, o proprietário compra o corpo do avião e instala o restante dos equipamentos. Os bombeiros não confirmaram se alguma das vítimas é o executivo. Segundo eles, os restos mortais estão muito danificados para tomar qualquer conclusão.

O avião decolou às 15h20 e caiu três minutos depois, na altura do número 110 da Rua Frei Machado, no Jardim São Bento. Pouco tempo depois, o Corpo de Bombeiros enviou 15 viaturas ao local. Quarenta e cinco homens trabalharam no resgate. A Força Aérea Brasileira (FAB) enviou uma euqipe ao local para verificar as condições que levaram ao acidente. Até as 20h, não havia informações sobre o que ocorreu. O Corpo de Bombeiros ainda mantinha cinco viaturas no local.

O proprietário da casa, Armando Carrara, de 65 anos, estava no terraço brincando com o neto de jogar dados quando foi avisado pelo genro de que um avião ia bater na casa. "Eu não vi nada. Só escutei gritando comigo. Peguei meu neto pelos braços e corri para o fundo da casa". Segundo ele, os automóveis da família foram todos destruídos pelas chamas do avião, que bateu em um muro do sobrado e caiu na garagem.

Outros casos

Em novembro de 2007, um avião Learjet caiu sobre três imóveis na Casa Verde, zona norte, após decolar do aeroporto de Campo de Marte. A aeronave ficou no ar por apenas 15 segundos. O acidente causou oito mortes – dois tripulantes e seis pessoas da mesma família. O piloto foi apontado como o culpado pela queda. Ele fazia uma curva para a direita quando o avião caiu, mas deveria ter ido à esquerda.

A aeronave, da empresa Reali Táxi Aéreo, tinha o Rio de Janeiro como destino e tinha como piloto Paulo Roberto Montezuma Firmino, de 39 anos, e como copiloto Alberto Soares Júnior, de 24. As demais vítimas do acidente eram seis moradores de um casa, atingida em cheio pelo Learjet. O impacto do avião deixou entre os mortos um bebê de 10 meses. Duas casas foram demolidas pela Defesa Civil.

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