Rogério Ceni e Lisca protagonizam duelo tático no Clássico-Rei

Publicado em 09/03/2019, às 15h54
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Redação

Em Clássico-Rei, todo mínimo detalhe deve estar nos conformes. Fatores técnicos, físicos, psicológicos e táticos são entrelaçados para a formulação do modelo de jogo vencedor. Fortaleza e Ceará terão seus maiores desafios na temporada e precisarão mostrar assertividade. Cabe aos técnicos Rogério Ceni e Lisca a missão de montar a estratégia mais efetiva para vencer. Amanhã, às 16 horas, quando a bola rolar no Castelão, os treinadores protagonizarão duelo de xadrez.

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Na goleada por 4 a 0 sobre o Confiança, o Fortaleza, em seu décimo jogo no ano, mostrou sua melhor atuação. A que mais teve "a cara" de Ceni, lembrando o time campeão da Série B do Brasileiro em 2018.

No esquema 4-3-3, com Derley e Felipe de volantes, Osvaldo e Edinho como atacantes de velocidade pelos lados Júnior Santos como centroavante, o Fortaleza fluiu. Foi um time dominante, que fez questão de ter a posse de bola, tomar as iniciativas da partida e praticar futebol ofensivo, com velocidade, toques envolventes e objetividade.

Mesmo com a boa atuação, Rogério Ceni destaca que o time deve evoluir quando estiver sem a bola.

"Ofensivamente o time criou bastante e teve boa finalização, mas defensivamente alguns pontos foram frágeis. Tivemos uma descompactação, o que é normal, já que temos Osvaldo ainda longe da condição física ideal, Edinho também, mas são dois jogadores com muito talento individual. Juntando ao Dodô e Júnior Santos, estivemos bem, mas jogamos em dois blocos: um de quatro e outro de seis jogadores. Jogadores estiveram distantes entre linhas, e demos espaços para os contra-ataques. Contra um time com melhor qualidade, de Série A, como o Ceará, isso não pode acontecer", alertou.

Ele deve repetir a mesma equipe para o jogo de amanhã, com Marcelo Boeck; Tinga, Quintero, Roger Carvalho e Carlinhos; Derley, Felipe e Dodô; Edinho, Osvaldo e Júnior Santos.

No Alvinegro, o técnico Lisca também deve fazer poucas alterações em relação ao time que empatou com o Atlético-CE, na última quarta-feira. A mudança mais provável é a entrada de Leandro Carvalho, que deve ganhar vaga no lugar de Ricardinho. O Ceará deve ir a campo com Fernando Henrique; Samuel Xavier, Valdo, Luiz Otávio e João Lucas; Fabinho e Juninho; Leandro Carvalho, Felipe Baxola e Chico; Roger.

Apesar de manter o esquema 4-2-3-1, o mesmo do ano passado, o modelo de jogo do Alvinegro mudou em relação a 2018. Passou de equipe mais reativa e que usava a velocidade para explorar os erros do adversário a time que gosta de jogar mais com a bola nos pés.

"Principalmente na fase ofensiva. A gente mudou a característica de agressividade. Hoje é um time mais técnico, mais circulador de bola, que adota um jogo mais posicional e que não tem aquela transição rápida do ano passado, que caracterizou nossa equipe como uma das mais objetivas da Série A. Ainda não conseguimos isso muito também por características dos adversários que estamos enfrentando, que jogam mais na defensiva. Eu gosto de um time mais acelerado, rápido na transição, e não estamos conseguindo acelerar muito. Mas mesmo assim o time tem tido boas atuações e tem sido satisfatório", disse o comandante alvinegro.

Independente de qualquer coisa, é certo que os dois treinadores, que são estudiosos, promoverão um duelo a parte, em que sairá vencedor o melhor estrategista.

Os dois times de reencontram no domingo seguinte, 17. Os times podem se encontrar ao todo, até dez vezes no ano, em quatro competições diferentes



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