Ronaldinho e Assis pagam fiança milionária e vão para prisão domiciliar

Publicado em 08/04/2020, às 09h20
Reprodução -

Veja

A Justiça do Paraguai aceitou nesta terça-feira 7 o pedido de prisão domiciliar de Ronaldinho Gaúcho e Roberto de Assis Moreira, seu irmão e empresário. O juiz Gustavo Amarilla aceitou os termos propostos pelos advogados de defesa e os irmãos desembolsaram 1,6 milhão de dólares (cerca de 7,8 milhões de reais) a título de fiança para deixar o Grupamento Especializado da Polícia Nacional. Ronaldinho e Assis, no entanto, não poderão retornar ao Brasil imediatamente. Os dois ficarão detidos preventivamente em um hotel no centro da capital Assunção, em quartos separados e sob monitoramento policial constante.

LEIA TAMBÉM

Os irmãos Assis Moreira completaram na segunda 6 um mês de detenção, pela acusação de terem usado passaportes falsos para ingressar no país em 4 de março. Os advogados de Ronaldinho já haviam tentado a prisão domiciliar, mas o juiz Amarilla havia indeferido o pedido, considerando a possibilidade de fuga – caso retornassem ao Brasil, os irmãos não seriam extraditados ao Paraguai – e aguardando a perícia nos telefones celulares do ex-jogador e de Assis.

Embora o dinheiro para o pagamento da fiança saia direto de uma conta particular de Ronaldinho, uma empresa paraguaia, de nome M360 e de propriedade de um de seus advogados, servirá como intermediadora da transação. O Ministério Público paraguaio disse não se opor ao pedido de prisão domiciliar dos brasileiros pois a perícia nos celulares de Ronaldinho e Assis foi concluída.

Os promotores dizem que, apesar da decisão, a investigação sobre a participação da dupla em outros crimes seguirá. A uma rádio local, o promotor Osmar Legal disse que a perícia não apontou vínculo entre Ronaldinho e seu irmão com a empresária Dalia López, investigada no Paraguai por crimes como lavagem de dinheiro e hoje considerada foragida pela Justiça paraguaia, mas ainda não descarta essa possibilidade.

Ronaldinho e Assis já deixaram a prisão – Ronaldinho e Assis foram informados por ligação de vídeo de WhatsApp sobre a decisão tomada no Palácio da Justiça de Assunção e concordaram com a decisão do juiz Amarilla. Segundo VEJA apurou, os irmãos deixaram a cadeia pro volta das 20h15 (horário de Brasília) e seguiram escoltados pela polícia para o Hotel Palma Róga, localizado no centro da capital paraguaia e recém inaugurado.

El Juez Amarilla chalando con @10Ronaldinho y Assis en presencia de sus abogados comunicándoles la decisión y ellos aceptan pic.twitter.com/tTnxwJKrXs

— Edgar Cantero (@edgar_cantero) April 7, 2020
Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Diretor de cinema Rob Reiner citou 'medo' do filho horas antes de ser morto Agente de condicional confessa relacionamento amoroso com detento em presídio de segurança máxima Brasileira e italiano morrem após paraquedas se chocarem durante salto Corpo de médica é encontrado por funcionários dentro de freezer de loja