Flávio Gomes de Barros
Reportagem da BBC retrata uma triste realidade:
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"Coqueiros, águas mornas, frutos do mar... Venda de drogas à luz do dia, 'olheiros' monitorando as esquinas, assassinatos violentos e uma vida local dominada pelo poder paralelo das facções. Essa descrição hoje serve para três dos principais (e mais bonitos) destinos turísticos de praia do Nordeste brasileiro: Porto de Galinhas, em Pernambuco; Pipa, no Rio Grande do Norte; e Jericoacoara, no Ceará.
E as semelhanças não param por aí. Praias mais famosas de seus respectivos Estados, as três mantêm um certo clima de tranquilidade, com regras do crime organizado para coibir roubos contra aqueles que as visitam - uma forma de não afastar os turistas que movimentam a economia e o tráfico na região.
Para quem mora ali, porém, a presença e a crueldade das facções são bastante conhecidas, das ameaças a quem não cumprir ordens e decapitações aos pontos de venda em espaços centrais das vilas, segundo moradores, autoridades e pesquisadores com quem a BBC News Brasil conversou nas últimas semanas...."
O texto faz referência também, embora em menor escala, à atuação de grupos do crime organizado em outros destinos turísticos de grande procura no Nordeste, incluindo a região no entorno de São Miguel dos Milagres, Litoral Norte de Alagoas, conhecida como "Rota de Milagres", e a região de Trancoso e Caraíva, no Litoral Sul da Bahia.
A reportagem explica: "Por trás do cenário de violência, está o processo de expansão das facções pelo Brasil, antes restritas às grandes cidades e fronteiras, e a alta circulação de dinheiro nessas vilas que concentram festas e turistas de alto poder aquisitivo."
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