Rússia, EUA e outros países negociam para tentar superar crise na Síria

Publicado em 30/10/2015, às 10h59
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Redação


Uma graduada autoridade da Rússia advertiu os Estados Unidos para que não enviem soldados para ações em terra na Síria. O vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, disse que Moscou considera inaceitável a possibilidade de que os EUA usem suas forças sem coordenação com o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad.


A declaração de Ryabkov foi dada durante uma conferência internacional em Viena, que busca discutir o fim do conflito sírio. Nesta semana, o secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, disse que seu país reavalia a estratégia no Iraque e na Síria e que pode realizar ações unilaterais por terra, se necessário, para atacar militantes do Estado Islâmico. No momento, os norte-americanos não têm soldados na Síria.


A Rússia realiza uma campanha aérea na Síria desde 30 de setembro e é aliada do governo de Assad. Os EUA, por outro lado, desejam que o atual líder saia, como parte de uma solução política para a crise. Os maiores aliados e os maiores críticos do regime sírio buscam negociar uma saída capaz de encerrar a guerra civil de quatro anos e meio no país.


Também nesta sexta-feira, ativistas da oposição da Síria disseram que um ataque do governo sírio com mísseis matou mais de 40 pessoas e deixou dezenas de outras feridas, em um subúrbio de Damasco. O ataque desta sexta-feira ocorreu no subúrbio de Douma, controlado pela oposição.


O grupo de ativistas Comitês de Coordenação Local e o Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmaram que 11 mísseis terra-terra foram disparados em Douma e que alguns deles atingiram um mercado. As entidades e uma terceira rede de ativistas, sediada na área, confirmaram o número de mortos. A região é um alvo frequente de ataques do governo, com aviões e helicópteros.


Outro vice-ministro das Relações Exteriores russo, Mikhail Bogdanov, disse que a Rússia e a Arábia Saudita trocaram listas de grupos da oposição que devem ser envolvidos no diálogo político sobre a guerra civil. Ele informou que a lista tem 38 nomes, "mas pode ser ampliada". Segundo ele, os sauditas fizeram uma lista similar e os norte-americanos prometem fazer o mesmo.


Vários participantes das conversas de hoje em Viena destacaram que só o fato de elas ocorreram já é um sinal de progresso. Não há nessas negociações, porém, um fim à vista para o conflito.



Fonte: EBC


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