Rússia ordena retorno de parte das tropas à base após exercícios militares

Publicado em 15/02/2022, às 09h01
Reprodução/Youtube -

CNN Brasil

Algumas tropas nos distritos militares da Rússia adjacentes à Ucrânia estão retornando às suas bases depois de completar os exercícios, informou o Ministério da Defesa russo nesta terça-feira (15) – uma medida que pode diminuir os atritos entre Moscou e o Ocidente.

LEIA TAMBÉM

Um porta-voz do Ministério disse em um vídeo publicado online que, enquanto os exercícios de grande escala em todo o país continuam, algumas unidades dos distritos militares do sul e do oeste completaram seus exercícios e começaram a retornar à base.

Imagens de vídeo publicadas pelo Ministério da Defesa mostraram alguns tanques e outros veículos blindados sendo carregados em vagões ferroviários.

O Ministério disse que usaria caminhões para transportar alguns equipamentos, enquanto algumas tropas marchariam para as bases por conta própria.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que Kiev acreditará no apaziguamento somente depois de ver a retirada da Rússia, informou a agência de notícias Interfax Ucrânia.

“Ouvimos continuamente diferentes declarações da federação russa, por isso temos uma regra: acreditamos no que vemos. Se virmos a retirada, acreditaremos na desescalada”, disse Kuleba, segundo o relatório.

Os movimentos relatados contrariam os avisos dos Estados Unidos e do Reino Unido de que a Rússia pode estar prestes a invadir a Ucrânia a qualquer momento.

A secretária de Relações Exteriores britânica, Liz Truss, disse que o Reino Unido precisaria ver uma remoção em larga escala das tropas russas da fronteira com a Ucrânia para acreditar que Moscou não tem planos de invasão.

A Rússia reuniu mais de 100 mil soldados perto das fronteiras da Ucrânia, incluindo um grande contingente em exercícios conjuntos na Bielorrússia até 20 de fevereiro.

Moscou negou ter planejado atacar a Ucrânia, mas está exigindo garantias dos Estados Unidos e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de que Kiev não terá permissão para se juntar ao bloco militar. Washington e Bruxelas até agora se recusaram a fazer tais promessas.

O chanceler alemão Olaf Scholz é esperado em Moscou nesta terça-feira (15) para se encontrar com o presidente Vladimir Putin em uma missão de alto risco para evitar a guerra.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Corpo de médica é encontrado por funcionários dentro de freezer de loja Idoso atira no filho após reclamar de estar recebendo poucas visitas Brasileira que trabalha como babá em Portugal está desaparecida há 10 dias Relíquia da Segunda Guerra é encontrada em floresta após mais de 80 anos