TNH1 com Polícia Científica
As provas técnicas periciais dos Institutos de Criminalística e Médico Legal foram fundamentais para a condenação de Albino Santos de Lima, de 43 anos, conhecido como o ‘Serial Killer de Maceió'. No terceiro julgamento este ano, ele foi sentenciado pelo homicídio qualificado de Ana Clara Santos Lima, de apenas 13 anos, ocorrido em 3 de agosto de 2024, no Vergel do Lago, na capital alagoana.
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O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (31), no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no bairro Barro Duro, em Maceió. Com um histórico que assusta e contabiliza mais de 18 mortes na capital alagoana, Albino Santos de Lima enfrentou o júri por um de seus crimes mais brutais, sendo condenado a 24 anos e 6 meses.
A vítima, Ana Clara, foi perseguida e, na tentativa de se salvar, abrigou-se na casa de um vizinho. Contudo, o assassino invadiu o imóvel e a executou em cima da cama.
Durante o julgamento, Albino tentou descredibilizar os laudos produzidos pela Polícia Científica. No entanto, a acusação, representada pelo promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, do Ministério Público de Alagoas (MPAL), rebateu a tese.
O promotor destacou a importância do exame de balística, que comprovou que o projétil que atingiu a vítima partiu da arma de Albino. O membro do MPE também mostrou para o conselho de sentença as fotos encontradas no celular do réu, onde ele mantinha, como um ato prazeroso, um acervo com as notícias que foram divulgadas sobre as mortes de suas vítimas.
"Os senhores tenham muito cuidado com os depoimentos dos acusados, ouçam com muita reserva o que estes assassinos, ao sentarem ali, têm a dizer. Esse laudo é inconteste, não é uma prova surreal. Além de um psicopata, é um pervertido sexual. Ele tinha na nuvem uma pasta que nomeava mortes especiais, e isso me enoja. Eu queria saber o que tem de especial em mortes", afirmou Vilas Boas ao júri.
Esta é a terceira condenação de Albino Santos de Lima em 2025. Em abril, ele foi sentenciado a 37 anos de reclusão pelo assassinato de Emerson Wagner da Silva, ocorrido em junho de 2023. No mês de junho, em seu segundo julgamento, foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão pela morte da mulher trans Louise Gbyson Vieira de Melo. Já são mais de 85 anos de prisão na somatória das três condenações.
A perita-geral da Polícia Científica Rosana Coutinho parabenizou a atuação das equipes do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal no caso. Para ela, os laudos de balística, informática forense, de local de crime e cadavérico, foram cruciais para comprovar a participação de Albino nos crimes e traçar seu perfil e modo de operação.
“São laudos robustos, que subsidiaram as investigações da Polícia Civil, bem como a atuação do Ministério Público na acusação. Provas técnicas incontestáveis, fruto de um trabalho árduo dos peritos oficiais, que subsidiarão as decisões judiciais. Esse é o papel da Polícia Científica: usar a ciência em busca da verdade”, afirmou a perita-geral.
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