Santos confirma exclusão de conselheiro após ofensa racista

Publicado em 04/10/2019, às 22h50
Divulgação / Twitter Santos -

Folhapress

O Santos confirmou nesta sexta-feira (4) a exclusão do conselheiro Adilson Durante Filho do quadro social do clube por conta de declarações racistas. Em um áudio que veio a público em abril deste ano, Adilson disse que "mulato é sempre mau caráter". A mensagem causou revolta na torcida, que cobrou providências. Na ocasião, a hastag no Twitter #ExpulsaORacista foi para os Trending Topics (assuntos do momento) do Brasil.

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Mesmo com a pressão, a diretoria santista demorou seis meses para dar uma resposta sobre o caso. Em nota nesta sexta, informou que o próprio Adilson solicitou a sua exclusão.

No dia 20 de abril, pouco após o vazamento, Durante Filho enviou carta para o presidente do conselho deliberativo, Marcelo Teixeira, pedindo a sua retirada do quadro associativo.

"Devido ao lamentável episódio de ofensas racistas proferidas por Adilson Durante Filho, o Santos FC comunica que o referido foi excluído do quadro social do Clube, mediante solicitação feita pelo próprio. Mesmo após o pedido de exclusão, uma sindicância foi aberta internamente para apuração do fato com prazo estabelecido de trinta dias", diz nota no site do clube.

Em abril, Durante Filho havia assumido a autoria da mensagem, disse que ela era de alguns anos atrás e a classificou como "momento de infelicidade".

No áudio, o conselheiro afirmou que "sempre que tiver um pardo, o pardo o que que é, não é aquele negão, também não é o branquinho. É o moreninho, da cor dele. Desses caras, têm que desconfiar de todos. Todos que tu conhecer. Essa cor é uma mistura de uma raça que não tem caráter. É verdade, isso é estudo. Todo pardo, todo mulato, tu tem que tomar cuidado. Não mulato tipo o Pedro, o Pedro é tipo índio, tipo chileno, essas porras. Estou dizendo mulato brasileiro, entendeu, dos pardos brasileiros. São todos mau caráter. Não tem um que não seja", afirmou o conselheiro.

Durante Filho também exercia o cargo de secretário adjunto de turismo da cidade de Santos, pediu afastamento em abril e ainda não retomou a função, segundo assessoria de imprensa da prefeitura.

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