Secretário-geral da OEA acredita em solução pacífica para crise na Venezuela

Publicado em 12/06/2016, às 23h30
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Redação

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o diplomata uruguaio Luis Almagro, manifestou no domingo sua confiança em que a reunião extraordinária do Conselho Permanente do grupo prevista para debater a crise na Venezuela ajude a encontrar soluções pacíficas para a nação sul-americana.

Almagro, que se encontra em Santo Domingo para participar da Assembleia-Geral da OEA a partir de segunda-feira, fez um pedido aos países-membros a se prepararem para abordar a crise venezuelana na reunião do próximo dia 23 em sua sede, em Washington.

O político uruguaio disse que cada país deve "abordar o tema a partir de uma dimensão ética" para determinar se a ordem constitucional foi alterada na Venezuela, se há presos políticos e se podem ser abertos canais de assistência tanto institucional como humanitária.

Almagro recordou ainda que, como secretário-geral da OEA, apresentou um informe de 132 páginas sobre a crise pela qual atravessa o país, onde a oposição reclama um referendo revogatório e alega que o presidente Nicolás Maduro limita a independência da Assembleia Nacional.

Além dos problemas políticos, a Venezuela vive uma grave crise de escassez de alimentos e medicamentos, além de uma inflação acima de 720%.

Em seu informe, Almagro invocou a Carta Democrática Interamericana sob o argumento de que a administração de Maduro alterou a ordem constitucional.

A Argentina convocou a sessão do Conselho Permanente para 23 de junho a fim de debater o informe de Almagro e, eventualmente, convocar a um período extraordinário da Assembleia-Geral, a qual poderá inclusive suspender a Venezuela.

Almagro descartou que a crise da Venezuela ofusque o período ordinário de sessões da Assembleia-Geral da OEA, que reunirá a partir de segunda-feira os chanceleres da região na capital dominicana.

Ainda que alguns governos tenham manifestado a intenção de incluir o tema durante os três dias de sessões, Almagro sublinhou que a crise venezuelana não forma parte da agenda deste encontro.

"Seria possível e desnecessário debater a crise da Venezuela na Assembleia desta semana já que temos encontros para analisar este tema", afirmou. Fonte: Associated Press.

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