Sem o sorriso da Gil

Publicado em 01/07/2022, às 00h07
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Redação

Quinta-feira, 30 de junho, choveu de tristeza pela partida de Gil, a dama da gastronomia alagoana. Mulher de coração gigante, que recebia todos os seus fãs com um sorriso lindo no seu bar.

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Oh,Gil, você vai fazer uma falta danada, mas o seu tempero vai continuar alegrando nosso coração e o céu está em festa para essa mulher que condimentou nossa cidade com tanta maestria com as tradições, língua ao molho de tomate, galinha ao molho pardo, arrumadinho, fígado, carneirinho… Tudo que ela fazia e passou para suas colaboradoras, é bom demais.

Gil e Jamerson, mãe e filho sempre trabalharam juntinhos

Trajetória – Gil é Gilzete Alves de Lima, em muitas conversas ela lembrou, com saudades, da sua infância e adolescência naquela comunidade praieira de Paripueira, das festas de Santa Rita e de Santo Amaro, da loucura alegre de Miss Paripueira, e de tantos outros personagens e paisagens. Contudo, mais inesquecíveis ainda são sua mãe, Diva, cozinheira de mão cheia, e seu pai, o pescador José Binga.

Gil se considerava abençoada por crescer com os pés no mar, cercada por uma família onde a cozinha era o lugar sagrado e a mesa farta irradiava alegria, sempre povoada por lagostas, camarões e outras maravilhas do mar.

Galinha ao molho pardo, tradição da Gil

Antes de ter um boteco para chamar de seu, Gil trabalhou como garçonete. Fazia rapidamente amizade com os clientes e, com visão empreendedora, depois de muita labuta, pediu demissão para ter seu próprio negócio. Comprou dez mesas, um fogão de quatro bocas e arranjou um freezer emprestado. Dessa nova cozinha brotavam galinha ao molho pardo, arrumadinho, chambaril…

Gil, mãe solteira, conquistou o espaço ao sol, e é nossa luz.

Grata, Gil, siga em paz!

Lombo suino de sol com arroz, feijão tropeiro, macarrão, vinagrete, farofa e limão

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