Sem tornozeleiras, Cachoeira e dono da Delta devem ficar presos até quinta-feira

Publicado em 02/07/2016, às 19h55

Redação

O Plantão Judiciário da Justiça Federal no Rio de Janeiro negou, na tarde deste sábado (2), o pedido de prisão domiciliar sem tornozeleiras eletrônicas dos cinco presos na Operação Saqueador da Polícia Federal.

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Entre os detidos estão o dono da Delta Construções, Fernando Cavendish, e o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Eles são acusados de fazer parte de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro público capitaneado pela empreiteira.

O empresário foi preso hoje de manhã pela PF no aeroporto do Galeão, no Rio, e ocontraventor havia sido detido na quinta-feira (30).

A Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) informou que as novas tornozeleiras devem chegar somente na quinta-feira (7). A secretaria informou que houve problemas com o fornecedor.

Os presos, segundo a Seap, podem cumprir prisão domiciliar sem tornozeleira, desde que haja autorização judicial.

Na última sexta-feira (1º), o desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, concedeu prisão domiciliar para Cachoeira, Cavendish, Adir Assad, Marcelo Abbud e Cláudio Abreu. Entretanto, devido à crise financeira do governo do Rio, faltam tornozeleiras eletrônicas.

A Seap informou que os presos foram transferidos do presídio Ary Franco, em Água Santa, zona norte do Rio de Janeiro, para o presídio Bangu 8, em Bangu, zona oeste, onde ficam os presos com curso superior.

O advogado de Marcelo José Abbud e Adir Assad, Miguel Pereira Neto, disse que resta uma petição simples a ser apreciada pelo Plantão Judiciário e tem esperanças de que seus clientes sejam soltos ainda hoje.

— Ainda acredito que, por uma questão de coerência e razoabilidade, o tribunal vai decidir ainda hoje que eles devem esperar em casa pelas tornozeleiras. Mas se o tribunal proibir, cabe uma reclamação, quando uma instância originária descumpre uma decisão do tribunal, que é uma instância superior.

Segundo o advogado, Abbud tem uma condição diferenciada por possuir tornozeleiras desde que foi condenado no processo da Lava Jato.

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