TNH1 com TV Pajuçara
O 'serial killer de Maceió', Albino dos Santos Lima, foi condenado a 27 anos e 1 mês de prisão pela morte de Tâmara Vanessa dos Santos, 21, e pela tentativa de homicídio contra o esposo da jovem, José Gustavo Carvalho, e a mãe de santo Leidjane Gomes de Freitas, em junho de 2024, no bairro da Ponta Grossa, na capital alagoana.
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Este foi o quinto júri popular de Albino dos Santos Lima - e também a quinta condenação dele -, que soma 126 anos de prisão no total das penas.
As denúncias que levaram Albino mais uma vez ao banco dos réus foram feitas em janeiro de 2025 com as qualificadoras de motivo torpe e recursos que impediram a defesa das vítimas. O Ministério Público de Alagoas (MPAL) foi representado pelo promotor de Justiça Antônio Vilas Boas.
À época do crime, Tâmara tinha 21 anos e foi morta com ao menos um disparo de arma de fogo na região da cabeça. Segundo José Gustavo, eles estavam saindo de uma festividade em um terreiro de candomblé, religião da qual ambos eram praticantes, quando foram surpreendidos pelos disparos.
Tâmara e Gustavo se conheceram em 2021, na época da pandemia, quando ela veio do Mato Grosso para o conhecer melhor e decidiu ficar na capital alagoana. Recém-casados, Gustavo revelou ainda que havia uma suspeita de gravidez quando a mulher foi assassinada.
Questionada se a motivação do atentado foi intolerância religiosa, Leidjane disse acreditar que não. "Quando fui chamada na delegacia pra ver o depoimento dele, o delegado perguntou assim: "qual foi o motivo de você atirar? Foi pela religião dela? E ele respondeu que não. Ele disse que nem sabe a nação de qual eu sou, uma loucura. Ele disse que não era nada com a minha religião. Ele disse que sou chefe de tudo. Chefe de quê? Só se for do meu terreiro. Isso que ele alegou. Isso não é desculpa para ninguém", salientou.
Para Geoberto Bernardo Luna, advogado do Albino, a única tese a ser defendida é incapacidade mental.
"A minha tese defensiva é a mesma que utilizei nos outros quatro júris. Pedi a absolvição do acusado Albino pela falta de capacidade mental dele. Ele é uma pessoa que não tem capacidade mental para entender o que fez. Ele é uma pessoa inimputável perante a lei. Tudo que ele fala corrobora esse entendimento que ele é completamente doido. Essa é a tese que ainda manterei, pois não tenho outra tese a fazer. Até porque ele confessou o crime e disse que o fez mandado por um espírito chamado arcanjo Miguel. Vou defender que isso é loucura da cabeça dele, a inocência dele por falta de capacidade mental", afirmou à TV Pajuçara.
O juiz Yulli Roter, titular da 7ª Vara Criminal, confirmou que o sexto júri popular de Albino está previsto para acontecer em novembro deste ano. O assassino em série é apontado como o autor de 18 mortes, segundo a polícia.
Veja a linha do tempo dos julgamentos de Albino dos Santos Lima, condenado a mais de 126 anos de prisão:
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