Seris já contabiliza 145 mil máscaras confeccionadas durante pandemia

Publicado em 03/08/2020, às 19h02
Mayara Wasty / Agência Alagoas -

Agência Alagoas

A Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) segue fortalecendo as medidas de prevenção à Covid-19. Uma delas é a produção em larga escala, pelos reeducandos da oficina de corte e costura do Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano, de máscaras de proteção. Já são mais de 145 mil unidades confeccionadas pelos custodiados desde março – quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia de coronavírus –, perfazendo uma média diária de 1,2 mil máscaras distribuídas entre servidores e custodiados.

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A oficina conta, atualmente, com a mão de obra de 35 apenados. E além de reforçar o combate ao coronavírus no sistema prisional alagoano, a produção também beneficia instituições como o Centro de Recuperação e Educação Nutricional (Cren), que atua no combate à desnutrição infantil, e o Hospital da Mulher, referência no tratamento de pacientes com Covid-19.

Alagoas, inclusive, foi uma das primeiras unidades da federação a confeccionar máscaras utilizando mão de obra carcerária. “Inicialmente, fabricávamos apenas máscaras descartáveis. Porém, ao analisar a relação custo/benefício, decidimos confeccionar máscaras de tecido, que são reutilizáveis. O trabalho deu tão certo que, em junho, ampliamos o espaço destinado à confecção”, recorda o chefe do Presídio do Agreste, policial penal Rodrigo Lima.

Além de contribuir com a prevenção ao coronavírus, os custodiados também podem reduzir um dia da pena a cada três trabalhados, como preconiza a Lei de Execução Penal (LEP). Nesse sentido, a gerente de Educação, Produção e Laborterapia (GEPL), policial penal Cinthya Moreno, por sua vez, destaca o empenho com que os reeducandos estão desenvolvendo as atividades.

“Apesar de estarmos vivenciando uma situação delicada a nível mundial, os custodiados entendem o cenário e estão engajados no combate ao coronavírus no sistema prisional. Além da confecção das máscaras, capotes e uniformes destinados à própria população carcerária, os reeducandos também atuam em outras frentes de combate”, reforça Moreno, lembrando o alcance de outra oficina, a de saneantes, de onde saem produtos de limpeza que abastecem todo o sistema prisional. 

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