Serviço Geológico do Brasil e UFRN firmam parceria para estudos em Maceió

Publicado em 03/12/2020, às 16h38
Cortesia -

Assessoria CPRM

O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) iniciarão, em breve, estudos em conjunto em Maceió. Um grupo de pesquisadores mestres e doutores das duas instituições deverá aprofundar o conhecimento sobre a fonte dos fenômenos sismológicos registrados nos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e proximidades, com o objetivo de fomentar as ações de prevenção de desastres na região.

Os estudos devem ser realizados nos próximos oito meses, conforme prevê o plano de trabalho, contando com o envolvimento de sete pesquisadores da UFRN, nove pesquisadores do SGB-CPRM e um pesquisador do Instituto Nacional de Meio Ambiente e Riscos Industriais da França (Ineris). Neste período, estão previstas atividades de campo - ainda sem datas definidas, bem como workshops internos entre os pesquisadores para implantação de banco de dados sismológicos e discussão de novos estudos realizados para a região.

Chefe do Departamento de Gestão Territorial (DEGET) do SGB-CPRM, Adelaide Mansini afirma que a parceria com a UFRN promoverá a consolidação do conhecimento sobre o fenômeno, permitirá aos órgãos locais de proteção estabelecer premissas e protocolos para o monitoramento das áreas afetadas em caso de novos abalos, bem como ações para salvaguardar e proteger a população. Mansini, que coordena os trabalhos em Maceió, acrescenta que estes estudos permitirão, ainda, a capacitação da equipe técnica do DEGET e da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica (DISEGE) nesta temática, uma vez que têm sido registrados eventos recentes de sismos induzindo a queda de blocos rochosos de encostas em áreas urbanizadas, principalmente na região Nordeste do país.

"Os estudos sobre as causas dos fenômenos de rachaduras e afundamentos em bairros de Maceió foram iniciados pelo Serviço Geológico do Brasil em 2018 e as conclusões apresentadas em audiência pública em 2019. Após a etapa investigativa, seguimos em Maceió como membros do Plano de Ação Integrada instituído pela Defesa Civil Nacional, com a participação de diversos órgãos, para acompanhar o monitoramento do fenômeno e apoiar tecnicamente os órgãos municipais", destaca Adelaide Mansini.

Os estudos e demais informações técnicas referentes ao trabalho do SGB-CPRM na capital alagoana estão disponíveis para consulta clicando aqui.

Parceria

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Reconhecida pela excelência e expertise em temas geocientíficos, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi escolhida pelo SGB-CPRM devido ao domínio em sismologia e geologia estrutural. A instituição dispõe de laboratórios de alta qualidade, sendo referência no país, com tecnologias que atendem aos estudos e pesquisa a serem desenvolvidos em Maceió. Neste sentido, para a UFRN, a parceria firmada resultará também em um retorno científico de grande valia, uma vez que o fenômeno nos bairros afetados é inédito em uma área urbana brasileira, com implicações técnicas e sociais.

"A parceria entre a UFRN e CPRM é um passo importante para estreitar os laços de cooperação técnica entre as duas instituições, em particular por se tratar de um trabalho com repercussão nacional e com impacto direto no entendimento do problemas e encaminhamento de soluções que atingem a cidade de Maceió. Neste sentido, diria, a população será a grande beneficiada. O esforço conjunto de cooperação capacitará permitirá a formalização de trocas de experiências, dados e metodologias entre UFRN e CPRM, além de ser uma plataforma para estabelecer expertise sobre danos provocados por operações de mineração de sal, ainda necessário na comunidade geocientífica do país", diz o professor doutor Anderson Nascimento, do Departamento de Geofísica da UFRN.

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