Redação
O Tribunal do Júri de Maceió será palco, nesta quinta-feira (13), a partir das 9h, de mais um julgamento de Albino dos Santos Lima, conhecido como o “serial killer de Alagoas”. O réu, que já acumula mais de 140 anos de prisão, enfrentará o júri pelo brutal feminicídio de Beatriz Henrique da Silva, um crime que o Ministério Público de Alagoas (MPAL) classifica como torpe e cometido com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
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O assassinato de Beatriz ocorreu na Rua Cabo Reis, no bairro da Ponta Grossa. Ela foi morta após Albino invadir a residência e disparar contra a vítima enquanto ela dormia, atingindo, inclusive, seu filho de apenas quatro anos, que estava na cama.
Para o MPAL, a ação demonstra a frieza e o prazer do réu em concluir seus planos, assumindo o risco de matar a criança. A autoria do crime foi confirmada após Albino cometer outro assassinato com o mesmo modus operandi.
A sessão será conduzida, mais uma vez, pelo promotor de Justiça Antônio Vilas Boas. A frase que o próprio acusado usou para justificar seus atos — “Resolvi tirar esse câncer da sociedade” — será o cerne do debate no tribunal, evidenciando a crueldade de seus crimes.
Elementos de acusação
A Polícia Científica, por meio de confronto balístico, comprovou que os projéteis retirados do corpo de Beatriz foram deflagrados da pistola .380 apreendida em posse do réu, juntamente com máscaras e luvas pretas.
Albino confessou ter seguido os passos de Beatriz por um ano e, segundo ele, decidiu eliminá-la por ser uma “doença incurável”. As justificativas delirantes de que as vítimas eram "faccionadas" e, por isso, mereciam ser eliminadas, têm sido sistematicamente desmentidas pelo Ministério Público, que sustenta que Albino dos Santos Lima não passa de um psicopata frio e dissimulado que se diverte com o sentimento de fazer justiçamento.
Os laudos médicos comprovam que o réu não apresenta quaisquer problemas psiquiátricos. A defesa dele não foi ouvida, mas o espaço segue em aberto.
Com este sexto júri popular, Albino pode ter aumentada a já expressiva pena que acumula, reforçada recentemente, em 31 de outubro, com a condenação de 27 anos, um mês e 10 dias pelo feminicídio de Tâmara Vanessa dos Santos.
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