Sindicombustíveis ainda não sabe como será redução do preço do diesel na prática

Publicado em 01/06/2018, às 14h56

Redação

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Alagoas (Sindicombustíveis-AL), James Thorp, concedeu entrevista ao Portal TNH1 na tarde desta sexta-feira (1º) e destacou a atual situação dos postos de combustíveis, em Alagoas, após a paralisação dos caminhoneiros. 

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Segundo ele, desde que foi aberto o porto de Suape, em Pernambuco, na última quinta (31), houve o aumento no fluxo do abastecimento em Maceió. Com as distribuidoras recebendo o produto, o problema de desabastecimento em alguns postos acontece por questão de logística de entrega.

"As distribuidoras estão empenhadas em restabelecer o fornecimento em todos os postos. Nós sabemos da carência em alguns locais, principalmente no interior, onde há a expectativa de combustível para as ambulâncias e transportes escolares, por exemplo. Acredito que até segunda ou terça-feira tudo será normalizado", salientou.

Sobre a redução de R$ 0,46 do preço do litro do diesel, o presidente do sindicato relatou que ainda não sabe como será a ação na prática. “As próprias distribuidoras estão confusas e querem saber como a redução chegará para elas. Os postos ficam dependentes da redução por parte da distribuidora. Os postos não compram de refinarias, eles compram das distribuidoras. Há a dúvida se o posto conseguirá comprar mais barato das distribuidoras”, afirmou Thorp.

Por conta da crise, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) determinou a flexibilização da obrigatoriedade de adição de 10% de biodiesel no diesel A e de 27% de etanol anidro à gasolina, e os postos já receberam o produto mais caro na semana passada.

Ainda de acordo com Thorp, os postos recebendo o produto mais barato, naturalmente repassam para os consumidores com um preço mais baixo.

“Nós sabemos que aumenta o consumo. É bom para o posto e para a população. Mas para o posto repassar tem que ser uma coisa que realmente aconteceu. Há diversos fatores, por exemplo, o preço de pauta teve o aumento em R$ 0,22 em Alagoas. Traduzindo para efeito de custo, se você pegar R$ 0,22 e aplicar 18% do diesel, dá em torno de R$ 0,04. A distribuidora teve a oscilação dela para maior e provavelmente irá passar mais caro ao posto", explicou.

O presidente do sindicato admite que a conta dos postos é saber quanto eles vão receber em relação ao dia 21 de maio, período em que teve início a paralisação dos caminhoneiros.

"A orientação é pegar uma nota de compra desse período e pegar outra nota faturada a partir do dia 1º de junho, e assim, observar essa redução para tentar repassar ao consumidor. Nós não temos qualquer tipo de ingerência ou influência no preço. O proprietário do posto tem o poder de analisar e decidir qual método vai usar em relação a isso, a sua manobra. O preço é livre e cada revendedor coloca o valor por decisão própria", disse.

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