Slum retira cerca de oito toneladas de lixo em obra inacabada

Publicado em 02/03/2016, às 15h32

Redação

Iniciada em janeiro, a força-tarefa de combate ao mosquito Aedes aegypti segue para mais uma importante etapa na eliminação dos focos do vetor da dengue, Zika vírus e febre Chikungunya. Após a inspeção realizada em residências de diversos bairros, o trabalho agora será feito em obras abandonadas na capital. Nesta quarta-feira (02), a primeira ação desta etapa foi realizada em uma construção inacabada no bairro Cruz das Almas, onde equipes da Prefeitura identificaram lixo acumulado e recipientes com larvas que devem ser do mosquito.

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A ação contou com a participação de equipes da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), da Defesa Civil Estadual e do Corpo de Bombeiros Militar, órgãos que estão trabalhando em conjunto na força-tarefa deflagrada nacionalmente. O trabalho envolveu a limpeza do local e a inspeção em relação à estrutura do prédio, cuja situação preocupou os técnicos que acompanharam o trabalho.

Durante a ação, agentes de endemias recolheram amostras com as larvas encontradas e encaminharam para confirmação laboratorial no Centro de Controle de Zoonoses. O local teve a área externa limpa por agentes da Slum, que retiraram aproximadamente oito toneladas de resíduos, entre pneus, garrafas de vidro e materiais que acumulam água. “Recolhemos o lixo pelos riscos que causa aos moradores do entorno, já que podem ser ambientes propícios à criação do Aedes”, explicou a coordenadora de Controle Ambiental da Slum, Rita Araújo.

Sobre proliferação do mosquito em obras abandonadas, o gerente-técnico do Programa de Controle da Dengue da SMS, Manoel Gomes, explicou que os riscos são maiores pelo fato do descarte de lixo ser recorrente, gerando o acúmulo de água nos recipientes descartados,  como pneus e garrafas, tornando-se ambiente propício à criação do Aedes aegypti. Sobre o prédio de Cruz das Almas, Gomes afirmou que a entrada de agentes no local era impedida por moradores que ocuparam a estrutura.

De acordo com a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), as pessoas que invadiram a construção são acompanhadas pelas equipes de abordagem social conforme o cronograma do órgão. Em relação à estrutura, profissionais da Defesa Civil e militares do Corpo de Bombeiros inspecionaram a estrutura e desmontaram andaimes utilizados na construção com riscos de desabamento.

O prédio estava sendo construído pela Construtora Falcão e teve as obras iniciadas em 2007, com conclusão prevista para o ano seguinte. No entanto, após o decreto de falência da empresa, a construção foi interrompida e, desde então, um processo judicial envolvendo um banco e investidores representados por uma associação tem impedido a adoção de medidas efetivas em relação aos problemas gerados pelo local abandonado até que o imbróglio judicial seja resolvido.

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