Sobrevivente relata momentos de desespero em acidente com catamarã

Publicado em 30/07/2019, às 08h35
Alessandra diz que pensou que não sobreviveria | Reprodução / TV Cidade -

TNH1 com TV Cidade

Sobrevivente do acidente com um catamarã, no sábado (27), no mar de Maragogi, em Alagoas, a cearense Alessandra Rodrigues relatou momentos de desespero ao ver a embarcação afundar. Duas mulheres morreram afogadas.

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Em entrevista à TV Cidade, afiliada da Record TV em Fortaleza, ela lembra que só pensou no pior. "Que eu ia morrer, que eu não ia poder mais ver minha filha e que eu e meu marido iríamos morrer, porque não sabíamos nadar", lembra, ainda abalada.

Alessandra diz que não viu a presença da Polícia, Corpo de Bombeiros ou Marinha no local para orientar os turistas. “Se uma pessoa dissesse que não podia, ninguém teria feito, porque ninguém iria arriscar a vida por um passeio”, afirma.

Sepultamento

Os corpos das duas idosas que morreram no acidente, Maria de Fátima Façanha da Silva, de 66 anos, e Lucimar Gomes da Silva, de 68 anos, foram velados e sepultados no Cemitério Metropolitano de Eusébio, na Grande Fortaleza. A família não quis dar entrevista.

O fato é investigado pela Polícia Civil e pela Marinha, por meio da Capitania dos Portos.

O acidente

A embarcação com 54 turistas e seis tripulantes deixou a costa de Maragogi ainda pela manhã do sábado (27), com o tempo relativamente bom, segundo testemunhas. O Corpo de Bombeiros disse inicialmente que o catamarã bateu em uma pedra e começou a virar, em uma área conhecida como "Buraco", onda a navegação é proibida, mas a versão sobre a pedra é contestada pelos passageiros. Todos os ocupantes conseguiram se salvar sem ferimentos, com exceção de duas idosas, Maria de Fátima Façanha da Silva, de 66 anos, e Lucimar Gomes da Silva, de 68 anos, que morreram afogadas.

A embarcação estava com a permissão municipal cancelada e era inapropriada para fazer passeios para as piscinas naturais, segundo confirmou ao TNH1 o secretário municipal de Meio Ambiente do Município, Gabriel Vasconcelos. De acordo com o secretário, cerca de 40 dias antes do acidente a embarcação foi multada pela Prefeitura em R$ 5 mil e, atualmente, fazia o serviço de forma clandestina.

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